quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Recital de classe




Motorização 2.0 JTDm, de 140 cv, reposiciona Alfa Romeo Giulietta entre os melhores
Cheio de classe e com um estilo muito próprio, bem característico da marca, o Alfa Romeo Giulietta dispõe agora de um leque de motorizações capaz de corresponder a todos os gostos e necessidades. Aproveitando um intervalo demasiado aberto entre a versão de entrada, com o pequeno motor Diesel 1.6 de 105 cv, e o topo de gama, com o bloco 2.0 de 170 cv, surge agora a variante de dois litros, também Diesel, mas com 140 cv de potência.
Trata-se de uma opção a ter em conta, sobretudo agora em que ainda é possível evitar os novos valores dos impostos sobre automóveis e em que a marca italiana apresenta campanhas especiais. Isto porque, face ao modelo mais potente, esta variante representa uma poupança de 4100 euros, ficando-se pelos 30 820 euros.
Esta motorização garante toda a energia para um carro deste tipo, em que a vocação desportiva não fica esquecida, muito por acção da tecla de função DNA, que altera o binário face às necessidades ou ao estilo de condução. Ou seja, basta accionar a função Dynamic para elevar o binário de 320 para 350 Nm (valor máximo às 1750 rpm), notando-se que este Giulietta ganha nova alma e irreverência num recital em que nunca perde a classe.
Se ainda tem dúvidas, pode ficar com a garantia de uma velocidade máxima de 205 km/h e aceleração dos zero aos 100 km/h em apenas 9,0 segundos (mais 1,4 segundos que no motor de 170 cv, mas menos 3,5 segundos em relação ao 1.6 de 105 cv).
Lá dentro, o nível de equipamento e a qualidade dos materiais (a versão que testámos incluía bancos em pele) estão ao nível do melhor que a concorrência oferece no superdisputado segmento C.
O espaço interior e o conforto para passageiros merecem nota bastante positiva, embora o prazer maior esteja reservado para quem conduz, mercê do bom comportamento manifestado, seja em estrada aberta ou em percursos mais sinuosos.
Para além de mais barata que a versão de 170 cv, esta opção permite ainda poupanças significativas em termos de consumos, com médias na casa dos 6,0 l/100 km. A marca anuncia 4,5 l em percurso combinado e emissões de 119 g/km.
Em suma, uma hipótese a ter em conta para quem não se satisfaz com os 105 cv do 1.6 JTDm, mas também não está vocacionado para as emoções maiores proporcionadas pela versão mais potente.
Paulo Parracho

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Honda Civic renovado e melhorado







Nova geração do popular modelo revelada à imprensa europeia em Málaga

A Honda reuniu jornalistas de toda a Europa em Málaga para apresentar a nona geração do Civic, modelo com chegada a Portugal prevista apenas para o primeiro trimestre de 2012.
Embora mantendo as linhas atrevidas e algo futuristas que já evidenciava, o novo Civic parece agora munido de um estilo mais consensual e capaz de ganhar posições no disputado segmento C. Cresceu 4,5 cm e tem mais 1 cm de largura, mas tem uma redução de 3 cm na distância entre-eixos. Uma conjugação de medidas que, face a um interior reconfigurado, reforçam a habitabilidade e o espaço da bagageira, agora com 477 litros. Ou seja, temos um Civic mais espaçoso, capaz de ombrear com modelos de maior vocação familiar, mantendo a imagem desportiva que o caracteriza.
Das mexidas operadas pelo fabricante japonês destacam-se evoluções a nível do sistema de suspensões, com ganhos no conforto e na estabilidade, mesmo em pisos mais degradados. Ao nível do equipamento também há uma evolução considerável. Destaque para o i-MID, sistema multimédia que num ecrã de 5 polegadas disponibiliza várias informações e que até permite personalização com fotos de família. Há uma câmara de estacionamento com guias, num pacote tecnológico que contempla ainda ‘cruise control’ adaptativo, alerta de obstáculos e de probabilidade de embate com função de travagem automática, além de evoluídos sistemas de som e de navegação.
Nota-se, igualmente, uma enorme preocupação na correcção dos pontos mais criticados na geração anterior, nomeadamente no que toca à visibilidade através do óculo traseiro.
Em Málaga, tivemos oportunidade de testar todas as motorizações que a marca disponibiliza para o nosso mercado, com a escolha óbvia a recair sobre o 2.2 i-DTEC, um bloco Diesel, com 150 cv, mas com preços estimados (e agravados pela elevada carga fiscal) na ordem dos 30 mil euros. Porém, enquanto a Honda não disponibilizar o novo bloco Diesel de 1,6 litros e 120 cv, com lançamento previsto para 2012, as opções a gasolina continuam a ser mais apelativas em termos de preço. O 1.4 i-VTEC, de 100 cv, terá um preço estimado de 21 500 euros, enquanto a versão equipada com motor 1.8 de 143 cv custará mais 3500 euros. Uma diferença que se justifica, face à diferença de comportamento dos dois blocos, com o 1.4, tal como na geração anterior, a revelar-se menos competente para mover um carro de dimensões e peso consideráveis.
Paulo Parracho

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Espírito indomável




Gosta de emoções ao volante? Então o Renault Clio 2.0 16V RS Gordini é o carro ideal para si

Sábado à noite. Estrada seca, piso excelente e sem trânsito. O que mais podíamos pedir para testar um carro com um motor 2.0 atmosférico de 204 cv, conhecido como o desportivo mais eficaz do segmento? Só um depósito cheio de combustível. Mas isso também tínhamos... Partimos então rumo à Serra de Sintra dispostos a testar ao máximo as virtudes desportivas do novo Clio RS Gordini, modelo com a chancela da Renault Sport Technologies, que assume o verdadeiro espírito dos modelos azuis com duas listas brancas que noutros tempos disputaram as míticas noites de Sintra do Rali de Portugal.
As sensações foram as melhores, pois este Gordini dispõe de atributos de verdadeiro carro de competição, a começar pelo chassis CUP, com um eixo dianteiro de ‘pivot’ independente, que lhe garantem uma excelente motricidade em todas as situações. O potente e resistente à fadiga sistema de travagem, com estribos Brembo e discos de grandes dimensões, as rodas de 17’’ com pneus 215/45 e um eficaz sistema de suspensões garantem que este Clio não se desvia um milímetro da rota traçada. "Agarra-se mesmo bem. Parece que curva sozinho", dizia o companheiro que escolhemos para navegador, também impressionado com a capacidade de resposta do motor 2.0. Aqui, só a falta do turbo se faz sentir, sendo necessária alguma adaptação para tirar o maior partido dos 203 cv e do binário de 215 Nm/1700 rpm.
A caixa manual de seis velocidades tem uma relação ideal para fazer grandes ganchos como os que encontrámos na Serra de Sintra, mas penaliza os consumos em estrada livre.
Lá dentro, o espírito Gordini está bem presente neste Clio, num ambiente marcado pelos tons preto e azul. Os bancos autenticamente desportivos são em couro, que também forra o volante, neste caso, decorado de azul e branco na metade superior.
Diga-se ainda que todos os Clio Gordini RS recebem uma placa numerada.
Em termos de equipamento, tem tudo o que é indispensável para manter toda a atenção na estrada, com destaque para os faróis adicionais de viragem, para o sistema de navegação Carminat Tom Tom e para os retrovisores eléctricos rebatíveis.
O Clio Gordini RS tem um preço-base de 29 950 euros, mas para quem prefere gastar um pouco menos e abdicar de metade desta potência, a marca lançou esta semana a versão GT Gordini, assente num bloco 1.5 dCi, de 105 cv. Consegue manter as aparências de carro ‘racing’, por apenas 22 900 euros.
Fica apenas um alerta. Na estrada, não vão faltar condutores a desafiá-lo para ‘picanços’. Porém, vá por nós: divirta-se sozinho e de preferência em local seguro...
Paulo Parracho

Para mais informalções:
http://www.jornaldaregiao.pt/blog_auto/CI_Twingo_Gordini_RS_e_Clio_Gordini_RS.pdf

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O mais americano dos Fiat a preço europeu





Marca italiana transformou Dodge Journey num SUV com mais requinte, conforto e potência
Já conhecido do mercado nacional, o Dodge Journey foi rebaptizado e amplamente melhorado pela Fiat, graças às sinergias entre o construtor italiano e a norte-americana Chrysler. Agora designado por Fiat Freemont, este SUV mantém as características de monovolume e de carrinha que já evidenciava, com ligeiros retoques em termos estéticos, mas com alterações significativas ao nível dos interiores, do equipamento e da mecânica. Resultado: melhorou a olhos vistos e tem agora todas as condições para rivalizar com os produtos de outras marcas já instaladas no segmento.
Ainda para mais, a Fiat propõe um preço de arromba nesta fase de lançamento, que se junta à oferta de um nível de equipamento só visto em modelos de gama alta, como sejam o sistema de navegação TomTom ou o DVD encrostado na cobertura e capaz de fazer as delícias de quem viaja nos bancos traseiros. O preço inicialmente estimado em 37 mil euros beneficia de descontos adicionais que podem chegar aos 3000 euros, o que eleva ao máximo a relação valor/qualidade/equipamento.
Para além disso, a introdução do motor 2.0 Multijet de 170 cv, que já conhecíamos, por exemplo, do Alfa Romeo Giulietta, deu nova vivacidade a este modelo, com clara vantagem face ao anterior bloco 2.0 TDI de 140 cv e origem VW. Com 350 Nm de binário e uma caixa de seis velocidades suave e de resposta pronta às solicitações, a condução deste Freemont torna-se num autêntico prazer. Aqui, convém dizer que o aumento de potência não agravou os consumos. Antes pelo contrário: nos ensaio efectuados pelo JR, em percurso misto, registámos médias na casa dos 7,5 l/100 km, um pouco acima dos 6,4 apregoados pela marca, mas ainda assim num nível muito satisfatório face a outros modelos da mesma gama.
Depois, o conforto é total, sendo este o companheiro ideal para longas viagens em família, pois, até mesmo nos dois últimos dos sete lugares disponíveis há habitabilidade razoável. Voltando ao nível de equipamento, o mais americano dos modelos Fiat oferece, entre outros extra, controlo de estabilidade e de tracção, sistema de ajuda ao arranque em subida, ignição sem chave, sensores de luz e chuva, sensores de estacionamento, AC auto tri-zona e banco de condutor eléctrico.
Uma boa aposta, para ter em conta até final do ano.
Paulo Parracho

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Um dia, todos os carros vão ser assim




Renault apresenta em Cascais os novos Fluence e Kangoo Z.E.
Para muitos, estes são, sem dúvida, os carros do futuro. Os novos Renault Fluence Z.E. (zero emissões), sedan de cinco lugares, e Kangoo Z.E., comercial também com versões para transporte de passageiros, rompem de vez com a tradição de utilização de motorizações térmicas, recorrendo apenas a propulsores 100% eléctricos. Aqui, a vantagem reside no facto de ambos serem apresentados com preços de aquisição semelhantes aos das versões convencionais, embora sujeitos a um adicional de cerca de 80 euros mensais para aluguer das baterias de iões de lítio.
Mesmo assim, e tomando como exemplo o caso do Fluence, comercializado por apenas 21 600 euros, contando que o Estado continua a disponibilizar um incentivo de 5000 euros, as vantagens face aos modelos convencionais são evidentes: O novo carro eléctrico da Renault precisa apenas de 2 euros de energia eléctrica para garantir a sua autonomia (cerca de 185 km), enquanto a versão térmica precisará de cerca de 18 euros de combustível para percorrer a mesma distância. Quanto ao aluguer da bateria, para uma quilometragem anual 10 000 km, significa um custo adicional de 0,08 euros/km.
Para além das contas e das vantagens ambientais, o Fluence apresenta outros argumentos capazes de convencer possíveis compradores a partir de 1 de Janeiro, data em que ficará disponível para comercialização, embora a marca já esteja a receber encomendas desde o início deste mês.
Por fora, este familiar eléctrico é quase idêntico ao Fluence convencional, distinguindo-se apenas pela cor (azul eléctrico), pelo desenho dos farolins traseiros e da grelha dianteira e, sobretudo, pelos 13 cm acrescentados na traseira de modo ao comportar a instalação da bateria entre os bancos e a bagageira (com 317 litros de capacidade).
O habitáculo é acolhedor e ergonómico, saltando à vista o distinto painel de instrumentos, com indicadores específicos de um carro eléctrico, como sejam o de carga de bateria e o painel com informações sobre autonomia (muito importante), consumos em kWh e da função regeneradora da bateria, que acontece quando levantamos o pé do acelerador ou travamos.
Mas o mais surpreendente é o comportamento do motor eléctrico de rotor bobinado, com uma potência equivalente a 95 cv e um binário máximo de 226 Nm disponível de forma instantânea. Isto significa, que ao arrancar num semáforo, o Z.E. é imbatível. Em estrada, a velocidade máxima está limitada a 135 km/h. Sempre com a maior suavidade e um silêncio a que facilmente nos habituamos.
O conforto, habitabilidade e o excelente nível de equipamento são outras das características do Fluence, de resto já notados no modelo térmico homónimo.
A única nota negativa vai para o facto da bateria não permitir cargas rápidas nas áreas de serviço, dificultando grandes viagens. Para estes casos, a Renault tem uma alternativa que passa pelo aluguer vantajoso de veículos convencionais.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Tal como um Auris em ponto pequeno





Maior, mais espaçoso e bem equipado, novo Toyota Yaris promete despertar paixões
A Toyota lançou a nova geração de um dos modelos que maior sucesso tem encontrado entre nós, o Yaris.
Numa altura em que a crise económica condiciona todo o tipo de escolhas, este modelo surge como uma alternativa mais modesta a quem procura um carro do segmento C, mas não tem ainda o necessário suporte financeiro para o conseguir. Pois, sem ser um Auris (referência da marca nipónica posicionada no nível seguinte), o novo Yaris apresenta argumentos que o aproximam de um segmento superior. Isto, claro, se optarmos pela versão topo de gama, neste caso a 1.4 D-4D Sport, equipada com um ‘pack’ Techno, com tecto panorâmico, bancos de pele e tecido, jantes em liga leve escuras, ópticas dianteiras escurecidas, sistema de navegação e câmara traseira de ajuda ao estacionamento, estes dois itens complementares ao novo sistema multimédia Toyota Touch & Go disponível em toda a gama.

De resto, este sistema é um dos factores que distingue o Yaris da concorrência mais directa, ao agregar várias funções como o computador de bordo, a possível personalização de parâmetros do automóvel, assim como a ligação entre vários elementos portáteis, como os telemóveis para leitura de música ‘streaming’ via ‘bluetooth’ ou outros leitores de música através da entrada USB. Na versão mais avançada temos ainda GPS e acesso à Internet, disponíveis num ecrã táctil de 6,1 polegadas.
Assente num ‘design’ mais desportivo e dinâmico, mas ao mesmo tempo discreto e simples, o novo Yaris cresceu um centímetro em relação à geração anterior e beneficiou também do aumento da distância entre eixos para oferecer um habitáculo maior, mais confortável e versátil e ainda uma bagageira de capacidade (268 litros) razoável.
Durante a apresentação nacional, realizada no Algarve, tivemos também ocasião de testar a versão equipada com o motor 1.33 litros com duplo VVT-i, de 99 cv, mas a nossa preferência vai mesmo para o turbo diesel de 1.4 litros D-4D, com 90 cv, acoplado a uma caixa de seis velocidades. Suave, enérgico e bastante económico, justifica plenamente mais dois mil euros no preço final, na casa dos 20 900 euros (a partir de 16 980 no nível base de equipamento).

A Toyota propõe também a motorização 1.0 VVT-i, de 69 cv, disponível a partir de 12 980 euros.
Nesta fase de lançamento em Portugal, a marca oferece ainda o ‘pack’ Style (na motorização 1.0 VTT-i) ou o nível Sport aos clientes que optarem pela versão Comfort (na motorização diesel 1.4 D-4D e 1.33Dual VVT-i).
Paulo Parracho

Para mais informações consulte:
http://www.jornaldaregiao.pt/blog_auto/Press_Kit_Yaris-Set2011.pdf

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Um eléctrico que não pára...




O Opel Ampera é o novo automóvel eléctrico com extensor de autonomia da marca alemã que, no início de Janeiro, estará disponível em Portugal.
Dinâmico e ecológico com apenas 27 g/km de emissões de CO2 no ciclo misto, no modo de funcionamento eléctrico, a autonomia da bateria permite ao Ampera circular até 80 quilómetros sem quaisquer emissões. “É um carro que tem um uso normal na cidade, mas que também pode fazer viagens longas”, salientou Guilhermo Sarmiento, director-geral da GM em Portugal, na apresentação do Opel Ampera, que decorreu no passado dia 26, no Hotel Farol Design, em Cascais.
“O Opel Ampera tem um motor eléctrico principal e um motor gerador ligado a um motor de gasolina que começa a recarregar a bateria para não a deixar cair por completo”, explicou o responsável pela GM Portugal.
Este extensor permite que a autonomia do Opel Ampera ultrapasse os 500 quilómetros, sem precisar de parar para recarregar a bateria ou reabastecer de gasolina. No ciclo misto o Ampera consome apenas 1,2 litros de gasolina por cada 100 quilómetros e emite 27 g/km de CO2.
O que distingue o Ampera dos outros eléctricos é que “é independente das infra-estruturas de recarregamento existentes. Não está dependente dos postos de recarregamento”.“Uma carga de electricidade completa terá um custo de 70 cêntimos. O custo por quilómetro será cerca de 1 euro”, destacou Guilhermo Sarmiento.
Com um motor gerador equiparado ao de gasolina tradicional de 4 cilindros (1.4 DOTTC) e uma potência de 115 cv, com 370 Nm de binário, o Ampera apresenta-se silencioso e com força mesmo em maiores velocidades, chegando a fazer 9 segundos dos zero aos 100 km.
A comercialização activa em Portugal terá o seu início em Janeiro do próximo ano e o preço de venda ao público está estimado em 42 900 euros. O objectivo de vendas da Opel para 2012 é de cem carros. Já conta com 23 encomendas firmes, revelou Guilhermo Sarmiento.

Classe e tecnologia



Citroën apresenta o novo DS5, o primeiro híbrido da marca

Só em Março de 2012,altura em que o mercado automóvel deverá registar a maior quebra de sempre no nosso país, chegará até nós o mais recente produto da Citroën, o DS5. O terceiro membro da família ‘premium’ da marca do ‘double chevron’ foi apresentado a jornalistas de toda a Europa em Nice (França), cidade que, pelo seu requinte e ‘glamour’, condiz perfeitamente com o carisma deste carro.
Pelas estradas da Côte d'Azur conduzimos duas das versões a comercializar em Portugal (HDI 160 FAP e Hybrid 4), com destaque a recair na versão híbrida, a primeira da marca francesa e aquela que poderá contrariar o declínio de vendas previsto para 2012. Já lá vamos.
Antes, convém destacar o carácter escultural deste modelo, assente na plataforma do C5, mas com uma arquitectura futurista, considerada mesmo como "expressão do luxo à francesa".
Luxuoso, bonito, inovador, tecnológico... enfim, poderíamos ocupar linhas e linhas a inumerar as qualidades estéticas e dinâmicas do DS5, resumidas no conceito de "produto de alta costura", diversas vezes apregoado pelos responsáveis da Citroën durante a apresentação internacional do modelo.
O desenho expressivo e o requinte do habitáculo, com um posto de condução envolvente e comandos no tecto, repleto de materiais de qualidade, exemplificam o melhor do luxo gaulês.
Ao nível da tecnologia, não faltam atributos, como o controlo de tracção inteligente, a segunda geração do sistema de alerta de saída da faixa de rodagem, a comutação automática dos faróis em função do tráfego, a transmissão de informações a cores no pára-brisas, ou a câmara traseira para estacionamento. Mas este é também o primeiro modelo da marca a adoptar a tecnologia diesel ‘full-hybrid’ HYbrid4, oferecendo em simultâneo elevadas performances (200 cv e tracção integral), e a possibilidade de rodar apenas com recurso ao propulsor eléctrico, durante três quilómetros e a uma velocidades máxima de 70 km/hora.
De resto, num percurso de 66 km, conseguimos circular em modo totalmente eléctrico durante 26 km, tirando partido do recarregamento das baterias através do aproveitamento da energia cinética das travagens e desacelarações. Nos restantes, o propulsor diesel de 163 cv (na tracção dianteira) também recebe a ajuda do motor eléctrico (tracção traseira), permitindo que o resultado final em termos de consumos se situe numa média inferior a 4 l/100 km.
Resta esperar pelos preços finais para toda a gama, por enquanto estimados entre os 35 e os 43 mil euros, consoante as motorizações e os níveis de equipamento (So Chic e Sport Chic) propostos.
Paulo Parracho

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Está cada vez melhor





Caixa 7G-Tronic reforça virtudes do E250 CGI Cabrio

O Verão já lá vai, mas ao longo do ano não faltam dias aprazíveis em que apetece gozar os prazeres do sol. E é para quem gosta de belos passeios a céu aberto que se recomenda a opção por um modelo como o Mercedes-Benz E250 CGI Cabrio, um dos mais elegantes descapotáveis que circulam nas nossas estradas.
Agora dotada de caixa automática 7G-Tronic e de sistema Start/Stop, esta versão 250 CGI, com motor turbo 1.8, a gasolina, de injecção directa, 4 cilindros, 240 cv e binário máximo de 310 Nm, prima pelas prestações e por uma redução de consumos (a marca anuncia 6,6 l/100 km, mas no teste efectuado raramente baixámos da casa dos 9 l/100 km) e emissões (154 g/km). Aqui, o sistema que desliga e volta a ligar o motor em paragens mais prolongadas (nas restantes é necessário desactivá-lo), o alternador de controlo electrónico e a bomba de óleo de caudal variável têm papel determinante, justificando a sigla Blueefficiency.
De resto, esta motorização ganha vantagem face às homólogas Diesel pelo silêncio quase absoluto, maior suavidade e ausência de vibrações, com reflexos evidentes no conforto e no prazer de condução. O novo conversor de binário e a embraiagem de bloqueio com menor escorregamento, implementados recentemente nos Classe E, ajudam a tornar ainda mais eficaz e natural a relação motor/transmissão.

Lá dentro, o conforto e o nível de equipamento são os já habituais na Mercedes-Benz, ficando a nota negativa apenas para o espaço diminuto nos dois lugares traseiros.
A versão testada pelo JR não incluía o sistema opcional Aircap, um dispositivo que se ergue no topo do pára-brisas e é capaz de reduzir a turbulência e o efeito do vento no habitáculo, em especial quando se rola a mais de 100 km/h. Sem este extra, que inclui ainda um corta-vento na retaguarda, mais uma vez, são os passageiros traseiros que saem penalizados. Por isso, recomenda-se este ‘pack’ opcional (por apenas mais 1200 euros), que integra ainda um ventilador no encosto de cabeça para aquecer ou arrefecer o ambiente a bordo, mesmo com a capota aberta. Esta, é bom relembrar, é de lona, mas consegue absorver ruídos e variações de temperatura no exterior. Abre e fecha em 20 segundos com um simples toque num comando e pode ser operada com o carro em movimento, a uma velocidade máxima de 40 km/h.
Paulo Parracho

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Abram alas ao senhor embaixador






Hyundai lança i40 para seduzir europeus

Lançado em Portugal há poucos dias, o novo Hyundai i40 apresenta-se como um verdadeiro embaixador da marca sul-coreana no continente europeu. Desenhado e concebido no centro de pesquisa e desenvolvimento europeu da Hyundai, em Russelsheim (Alemanha), o i40 exibe 4,7 metros de comprimento e estará disponível em primeiro lugar na versão ‘station wagon’, seguindo-se o ‘sedan’ de quatro portas ainda este ano.

A marca promete uma experiência ‘premium’ a preços mais acessíveis neste i40, aludindo ao elevado e qualificado nível de equipamento disponível nas diversas versões, bem como na evolução demonstrada no que toca à qualidade de construção e aos materiais utilizados, por exemplo, nos interiores. E a verdade é que este i40 tem tudo para rivalizar com modelos já implantados no mercado, mas a preços superiores, como o VW Passat, Opel Insígnia ou Ford Mondeo.
Basta dizer que os preços de entrada na gama estão na ordem dos 24 mil euros (com motorização a gasolina 1.6 GDi, de 135 cv), variando consoante os níveis de equipamento até aos 31 490 da proposta equipada como propulsor 1.7 CRDi, de 136 cv. Os níveis mais elevados de equipamento, Style e Premium, que têm tudo, mas mesmo tudo o que diz respeito a tecnologias e equipamentos de segurança e de ajuda à condução, para além de um conforto e luxo interior irrepreensíveis, ficam entre os 34 mil e os 40 mil euros, muito abaixo de outros modelos do segmento D.
Deixando para mais tarde um teste mais apurado, o que podemos dizer é que o i40 surpreende pela positiva, dadas as suas dimensões exteriores e no habitáculo, com destaque também para a capacidade da bagageira (557 litros). Isto, sem esquecer a tecnologia Blue Drive utilizada, que oferece ao utilizador o sistema ‘start/ /stop’, alternador inteligente, pneus de baixa resistência ao rolamento, sistema activo de fecho da grelha dianteira que melhora a aerodinâmica e reduz consumos, entre muitos outros aspectos.
Provavelmente, há alguns anos, ninguém diria que num Hyundai poderia encontrar também sistemas de luzes adaptativas, câmaras de assistência ao estacionamento, bancos aquecidos e ventilados à frente e atrás, sensores de humidade para o pára-brisas, volante aquecido, entre uma lista infindável de itens de conforto, segurança e gestão da estabilidade do veículo. Mas o i40 tem isso tudo e muito mais (dependendo da versão).

É caso para dizer: os europeus que se cuidem, pois este embaixador vem para conquistar posições.
Paulo Parracho

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sala de estar com lugar para sete




Renault Grand Scénic em edição especial, com novo motor e preço mais baixo

Com uma edição especial (Bose Edition), que eleva o nível de equipamento, e a nova motorização 1.6 dCi, que consegue reduzir consumos e o preço final, a Renault Grand Scénic ganha novo alento para reforçar posição no segmento dos monovolumes de sete lugares.
Com espaço e o excelente nível de conforto já evidenciados pelas versões anteriores, esta Grand Scénic eleva todos os restantes itens de qualidade. Comecemos pelo novo motor 1.6 dCi, que mantém os 130 cavalos do anterior bloco 1.9 dCi, mas com ganhos evidentes em termos de binário, de consumos e emissões, o que se reflecte no preço final: agora de 33 900 euros para a versão topo de gama, apenas mais 1200 euros que os modelos equipados com motor 1.5 dCi, de 110 cv.
É caso para dizer, vale bem a pena!
Refira-se que a eficiência em termos de prestações e consumos do novo bloco assenta num novo desenho do motor e na introdução de novas tecnologias, como o sistema ‘stop-start’, recuperação de energia na travagem/desaceleração para alimentar os acessórios eléctricos, gestão térmica para encurtar o funcionamento a frio, recirculação dos gases de escape, entre outros itens. Como resultado, um binário de 320 Nm/1750 rpm, consumos médios na ordem dos 6,0 l/100 km (a marca anuncia 4,5 l/100 km) e emissões de CO2 de 115 g/km.
Depois, há que salientar o excelente nível de equipamento desta Bose Edition, com particular incidência nos estofos em pele, nas jantes negras, na excelente aparelhagem de som, com CD+MP3+AUX e comandos no volante, e no sistema de navegação Carminat TomTom Live.
Não faltam os indispensáveis Bluetooth, sensores de luz e chuva, cartão mãos-livres, ar condicionado automático bi-zona e controlo de velocidade. Os sensores de estacionamento e a câmara traseira é que são um extra, disponível por mais 730 euros.
Paulo Parracho

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Lugares para toda a equipa




Fiat Dobló 1.6 Multijet: O monovolume de sete lugares mais barato do mercado

Nem sempre é fácil levar a equipa do JR a almoçar fora dos limites da redacção, devido às dificuldades de transporte. "Quem leva o carro?" é sempre a pergunta daqueles que, por sorte e muita persistência, encontraram um lugar de estacionamento não tarifado que desejam manter até ao fim do dia. Quando tivemos entre nós a Fiat Dobló 1.6 Mjet a questão não se colocou. Os sete lugares deste monovolume, derivado do furgão comercial com a mesma designação, chegam para levar uma boa parte da equipa do JR em excelentes condições de conforto e espaço.

As portas laterais de correr facilitam o acesso aos lugares traseiros, sendo esta uma excelente opção para quem transporta crianças, mas também pessoas com mobilidade reduzida, como idosos ou deficientes. Na última fila viajam os mais pequenos, porque o espaço não é tanto como nos restantes lugares.

Sem luxos demasiados e apenas com o que é essencial, mesmo assim com um excelente nível de equipamento, este é, sem dúvida, o monovolume de sete lugares mais barato do mercado. Não chega a custar 24 mil euros, embora com o ‘pack conforto’ custe mais 1260 euros. Isto, se não dispensarmos as barras de tejadilho e os vidros escurecidos, pois o resto – ar condicionado, computador de bordo e sistema ‘start/stop’ – já está incluído como equipamento de série.
A Dobló apresenta-se com um competente motor 1.6 Mjet, de 105 cv e binário de 290 Nm, a que se junta uma caixa de seis velocidades, que lhe proporciona um bom equilíbrio dinâmico, tendo em conta as dimensões e o peso deste modelo. Os consumos anunciados pela Fiat ficam-se pelos 5,2 l/100 km, mas no teste efectuado pelo JR nunca conseguimos melhor que 7,5 l/100 km. Mesmo assim, um valor aceitável.

O único ponto negativo deste Dobló vai para a estética, recomendando-se mesmo a escolha de uma cor menos "cinzentona" para que ninguém nos diga que estamos a conduzir uma "carreta fúnebre". A dimensão e o brilho do portão traseiro levam a essa comparação.
Paulo Parracho

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Quando a gasolina compensa




Num segmento dominado pelo Diesel, motorização 2.0 i-VTEC torna Honda CR-V mais acessível
Por essa Europa fora, o Honda CR-V lidera as vendas no segmento dos SUV, situação que só não se verifica em Portugal mercê da elevada carga fiscal que torna o modelo pouco concorrencial em termos de preço final, pese a elevada qualidade que apresenta. Para atenuar a situação, a Honda tem lançado algumas edições especiais, com destaque para a versão Lifestyle, dotada de excelente nível de equipamento e comercializada na casa dos 46 mil euros, com motor 2.2 i-DTEC, de 150 cv, ficando oito mil euros mais barata com recurso ao propulsor 2.0 i-VTEC, com a mesma potência, mas a gasolina, e caixa manual de seis velocidades.
Foi precisamente esta motorização que o JR teve oportunidade de testar, embora na versão Elegance, menos composta em termos de equipamento, mas com tudo o que é necessário para desfrutar de um dos melhores e mais confortáveis modelos do segmento dos SUV médios.
Ainda para mais, o preço (32 900 euros) torna o CR-V 2.0 i-VTEC Elegance muito mais acessível e justifica por inteiro a opção face à motorização Diesel, neste caso, 14 mil euros mais cara. Já pensou quanto quilómetros terá de fazer para justificar tal diferença?
De resto, com os mesmos 150 cv, embora com evidentes diferenças em termos de binário, este motor tem competência necessária para tranquilos passeios em família, pela estrada ou fora dela, e revela moderação em termos de consumos (desde que não se abuse). Em circuito combinado, conseguimos excelente médias, de 8,5 l/100 km.
Depois, há que sublinhar que este é um verdadeiro carro de fim-de-semana, com excelente habitabilidade e espaço interior, conforto ao nível dos melhores e a qualidade de construção a que a Honda sempre nos habituou.
Se não entrar em grandes aventuras trialeiras, o CR-V é o companheiro ideal para passeios fora de estrada, com o sistema de tracção 4WD Real Time a dar uma ajuda quando o piso se tornar mais escorregadio, o que também se aplica com chuva, neve ou gelo.
Paulo Parracho

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Grande bomba!





Renault cria série limitada para o Laguna Coupé, evocando o Grande Prémio do Mónaco

A frase não é nova, mas aplica-se na perfeição a este Renault Laguna Coupé Monaco GP, lançado em Portugal pela filial da marca francesa numa série especial de 31 unidades numeradas. "Grande bomba!" foi a expressão que mais ouvimos durante os dias em que tivemos o privilégio de experimentar a primeira unidade desta edição exclusiva que presta homenagem ao mítico Grande Prémio do Mónaco de Fórmula 1.

Dotado de motorização turbodiesel 2.0 DCi, de 180 cv e capaz de uma velocidade máxima de 223 km/h, este Laguna tem, de facto, todas as características de uma "grande máquina". Distingue-se da restante gama, pelas imponentes e negras jantes "Interlagos", de 18 polegadas. Os espelhos e o tejadilho também são de cor preta, em contraste com o branco ‘nacarado’ da carroçaria. Lá dentro, o ambiente é de grande luxo e conforto. Os bancos desportivos revestidos a couro e alguns frisos do tablier lacados a branco também fazem a diferença, tal como a chapa numerada que identifica esta versão exclusiva.

Porém, as diferenças não se ficam pela estética. O nível de equipamento é elevado, com realce para a navegação Carminat Tom Tom e para o sistema de som Bose, com potência e qualidade a condizer com o restante conjunto. Estes e outros itens de uma lista extensa justificam o valor de venda deste Laguna: 45 mil euros (grande parte vai para impostos).
Para tornar o Laguna Coupé Monaco GP ainda mais desportivo, com ganhos evidentes na estabilidade e na segurança, o chassis "4Control", de quatro rodas direccionais, já utilizado na restante gama Laguna, torna este portentoso modelo numa verdadeira serpente quando levado para percursos mais sinuosos.
Em suma, um carro apaixonante, mas apenas para 31 felizardos!

Paulo Parracho

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Coupé de um lado, utilitário do outro




Configuração de portas 1+2 torna o Hyundai Veloster num modelo original e muito ousado

Revelado no Salão de Genebra 2011 e apresentado na passada semana em Portugal, o novo Veloster é mais uma prova clara da grande evolução patenteada pela Hyundai nos últimos anos. Este coupé compacto prepara-se para concorrer directamente com propostas similares de outras marcas, como o Honda CR-Z, Renault Mégane Coupé e VW Scirocco. Para tal, apresenta argumentos fortes, como o novo conceito 1+2, que combina o estilo coupé com a funcionalidade de um utilitário. Os mais distraídos nem vão dar por isso, mas este Hyundai tem apenas uma porta do lado do condutor e duas do lado contrário, de modo a facilitar a acessibilidade aos lugares traseiros. Estes, são perfeitamente utilizáveis, o que nem sempre acontece em modelos deste segmento.

De resto, o Veloster constitui uma agradável surpresa em termos de espaço interior e até a bagageira é generosa, com 440 litros de capacidade, havendo ainda a possibilidade rebater os bancos traseiros (60:40).

De linhas ousadas e intensas, o ‘design’ do Veloster agrada, sobretudo, ao público mais jovem, tal como a sua alma desportiva, assente numa motorização 1.6 litros GDI, de 140 cv às 6300 rpm e binário de 167 Nm às 4850 rpm, com caixas manual ou DCT (automática) de seis velocidades.

Aqui, a única nota negativa vai para a não inclusão de motorizações Diesel nesta gama, facto explicado pela marca com a necessidade de criar um produto global, com mais procura, certamente, em países como os Estados Unidos, onde o recurso ao gasóleo não é tão popular como na Europa.

Em Portugal, o Veloster é proposto em dois níveis de equipamento, com preços entre os 22 800 e os 24 990 euros, sendo que por motivos fiscais a caixa DCT obriga a um acréscimo de 2500 euros.

A lista de opcionais é bastante completa e inclui um ‘pack’ recheado de tecnologia com sistema de entretenimento, navegação e áudio, com ecrã táctil de sete polegadas, bem como a câmara traseira de ajuda ao estacionamento.

Apesar de estarmos perante um carro de vocação desportiva, não falta, de série, o sistema ISG (‘stop/start’), fundamental para reduzir consumos e emissões.

Como na restante gama, a Hyundai garante 5 anos de garantia, sem limite de quilómetros.
Sem dúvida, uma proposta a ter em conta.
Paulo Parracho

Para mais informações:
Linkhttp://www.jornaldaregiao.pt/blog_auto/Novo_Hyundai_Veloster_Press_Release.pdf

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

‘Eu sempre gostei de ti...’





Kia aposta forte no segmento dos utilitários com o lançamento do novo Rio
"Sou como um rio; que acaba ao pé de ti", diz a canção dos Delfins. O tema bem podia integrar a campanha promocional do modelo com que a Kia pretende ganhar posição no topo do segmento mais vendido na Europa, o dos utilitários.

Falamos do Rio, designação que só por sim desperta todo um rol de títulos ou frases feitas com base em letras de canções e nomes de filme, mas que é muito mais do que isso. De facto, o novo Kia Rio rompe integralmente com o passado ‘low cost’ da marca, apresentando argumentos capazes de ombrear com os melhores rivais europeus, num segmento que representa 27 por cento das vendas.

Apresentado em Portugal, a jornalistas de toda a Europa, o novo modelo da Kia volta a surpreender pela estética, com um visual moderno, expressivo e robusto, mas também pela qualidade de construção, pelo espaço e funcionalidade do interior, pela introdução de equipamentos e conteúdos tecnológicos de gamas superiores e por motores bastantes económicos e competitivos. Aqui, merece destaque o motor turbodiesel 1.1 CRDi, de três cilindros, com 75 cv, capaz de reduzir consumos até aos 3,6 l/100 km e emissões de 94 g/km.

De resto, este será um dos principais argumentos do Kia Rio na luta directa com modelos de maior tradição no segmento, como o VW Polo ou o Renault Clio, por exemplo. Depois, há ainda a ter em conta o preço, a partir de 15 600 euros para versão base da motorização 1.1 CRDi, valor que sobe 1200 euros para o nível intermédio (EX) de equipamento e que não ultrapassa os 17 800 euros no caso da versão topo de gama (TX).

Mais acessíveis são as versões assentes na motorização 1.2 a gasolina, com 85 cv, consumos na casa dos 5,0 l/100 km e preços entre os 12 600 e os 14 800 euros.

O Kia Rio chega ao nosso mercado nas primeiras semanas de Outubro, ficando para 2012 o lançamento das versões de apenas três portas, bem como da motorização 1.4 Diesel.
Paulo Parracho

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Para refrescar ideias





Renault Mégane Coupé Cabriolet 2.0 dCi GT: Tem tudo para ser um carro de sonho
A avaliar pelas reacções de quem passava e parava para o admirar, o Renault Mégane Coupé Cabriolet pode ser mesmo um dos carros de sonho dos portugueses. Para mais, o modelo testado pelo JR dispunha de acessórios GT Line, até aqui opcionais, mas agora incluídos nesta versão e com múltiplas hipóteses de personalização.
Literalmente, este modelo faz rodar cabeças em seu torno e até desperta comentários de cobiça. Foi o que aconteceu quando, a bordo deste coupé cabriolet, percorremos o litoral das linhas de Sintra e Cascais, obviamente de cabelos (poucos) ao vento.
Imponente, mesmo capaz de deixar muita gente de boca aberta, é o momento de recolha ou abertura automática da capota rígida, procedimento que não ultrapassa os 22 segundos e permite contornar a instabilidade entre sol e chuva como a que enfrentámos no fim-de-semana dedicado a este ensaio.
Os olhares mais descarados quase nos intimidavam, mas os 160 cavalos e o binário de 380 Nm/2000 rpm da motorização 2.0 dCi que equipa esta versão permitiram fugir de locais mais indiscretos... num ápice.
De facto, tanta capacidade de impulso resulta num enorme prazer de condução deste Mégane, muito embora para "voar baixinho" seja mais recomendável esquecer a vertente cabrio e apostar na sua veia coupé GT. Link
Mesmo assim, para quem gosta mesmo de apanhar o que de bom o nosso clima tem, há uma rede antiturbulência, que custa 420 euros, mas torna muito mais confortável a viagem ao ar livre, embora eliminando os lugares traseiros (um pouco apertados para dois adultos, diga-se).
Esta versão GT está equipada com bancos excelentes, jantes específicas, aplicações metalizadas no tablier, sistema de som a condizer, chave em formato de cartão mãos-livres e ainda a navegação Carminate Tom Tom, auxiliar precioso, por exemplo, na detecção de radares fixos.

Custa cerca de 43 500 euros, mas por menos dez mil, é possível aceder à versão inferior, como motorização 1.5 dCi, de 110 cv, caixa automática EDC e um nível semelhante de equipamento. Para além de mais barata, esta revela-se também mais económica no que toca a consumos, pese a boa média de 7,2 l/100 km que registámos (a marca anuncia 6,7 l/100 km em percurso combinado).

Paulo Parracho


Para mais informações:
http://www.jornaldaregiao.pt/blog_auto/CI-RenaultMegane-Coupe-Cabriolet-GT.pdf

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Familiar adaptado à crise




Novo motor 1.6 Multijet, 105 cv, relança virtudes do Fiat Linea

Numa altura em que por toda a Europa a palavra de ordem parece ser a da poupança, as marcas automóveis esforçam-se por apresentar produtos cada vez mais apelativos e a menores preços. No caso da Fiat, com o relançamento do Linea, agora dotado de uma motorização (1.6 Multijet, de 105 cv) mais compatível com a sua categoria de familiar, temos uma proposta recomendável a quem procura um autêntico ‘sedan’, bem dotado de equipamento, conforto, espaço e estilo ao preço de um utilitário: 23 204 euros (a marca ainda propõe descontos até 2000 euros).

Até aqui assente em propulsores demasiado fracos para a sua dimensão, o Linea nunca conseguiu grande sucesso comercial, cultivando opiniões negativas e algum descrédito. Algo que, embora tardiamente, esta nova versão vem corrigir. De facto, o compromisso entre a potência e economia do 1.6 Multijet e as características já evidenciadas pelo Linea podem elevar a fasquia de vendas de um modelo apropriado a chefes de família, mas também a executivos.
Com 456 cm de comprimento e uma distância entre eixos de 260 cm, o Linea oferece um habitáculo espaçoso, à frente e na retaguarda, com bancos extremamente confortáveis. Para o condutor, há ainda regulação lombar eléctrica, o que se revela bastante útil em percursos mais longos.

Depois, há uma bagageira que deverá ser das maiores do segmento, com 500 litros de capacidade, valor que pode subir para 870 litros, ao rebater uma parte do banco traseiro, ou para 1175 litros com todo o banco rebaixado.
O nível de equipamento é outro dos atributos deste familiar, com destaque para a utilização do sistema Blue&Me, que permite ligações de telemóvel e outros 'gadget' à aparelhagem sonora. Ar condicionado automático, cortina pára-sol no óculo traseiro, sensores de estacionamento na retaguarda, espelhos eléctricos, volante e punho de mudanças em pele, jantes de liga leve de 16'' e faróis de nevoeiro são apenas alguns dos itens que sobressaem da lista de equipamentos de série. A estes podem juntar-se o ESP, o ‘cruise control’ e sensores de chuva e luz, por pouco mais de 700 euros, o que mesmo assim deixa o Linea 1.6 Multijet Emotion bem longe dos concorrentes directos no que ao preço final diz respeito.

Quanto ao novo motor, com um binário de 290 Nm às 1500 rpm, não dá para grandes adrenalinas, mas revela a competência necessária para a utilização pretendida num carro deste tipo. Os consumos também são comedidos, com a marca a anunciar 5,1 l/100 km em combinado, sendo que no teste efectuado pelo JR a média ponderada em circuito misto situou-se na casa dos 6,2 l/100 km. Sem dúvida, outra virtude a ter em conta.

Paulo Parracho