segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Um dia, todos os carros vão ser assim




Renault apresenta em Cascais os novos Fluence e Kangoo Z.E.
Para muitos, estes são, sem dúvida, os carros do futuro. Os novos Renault Fluence Z.E. (zero emissões), sedan de cinco lugares, e Kangoo Z.E., comercial também com versões para transporte de passageiros, rompem de vez com a tradição de utilização de motorizações térmicas, recorrendo apenas a propulsores 100% eléctricos. Aqui, a vantagem reside no facto de ambos serem apresentados com preços de aquisição semelhantes aos das versões convencionais, embora sujeitos a um adicional de cerca de 80 euros mensais para aluguer das baterias de iões de lítio.
Mesmo assim, e tomando como exemplo o caso do Fluence, comercializado por apenas 21 600 euros, contando que o Estado continua a disponibilizar um incentivo de 5000 euros, as vantagens face aos modelos convencionais são evidentes: O novo carro eléctrico da Renault precisa apenas de 2 euros de energia eléctrica para garantir a sua autonomia (cerca de 185 km), enquanto a versão térmica precisará de cerca de 18 euros de combustível para percorrer a mesma distância. Quanto ao aluguer da bateria, para uma quilometragem anual 10 000 km, significa um custo adicional de 0,08 euros/km.
Para além das contas e das vantagens ambientais, o Fluence apresenta outros argumentos capazes de convencer possíveis compradores a partir de 1 de Janeiro, data em que ficará disponível para comercialização, embora a marca já esteja a receber encomendas desde o início deste mês.
Por fora, este familiar eléctrico é quase idêntico ao Fluence convencional, distinguindo-se apenas pela cor (azul eléctrico), pelo desenho dos farolins traseiros e da grelha dianteira e, sobretudo, pelos 13 cm acrescentados na traseira de modo ao comportar a instalação da bateria entre os bancos e a bagageira (com 317 litros de capacidade).
O habitáculo é acolhedor e ergonómico, saltando à vista o distinto painel de instrumentos, com indicadores específicos de um carro eléctrico, como sejam o de carga de bateria e o painel com informações sobre autonomia (muito importante), consumos em kWh e da função regeneradora da bateria, que acontece quando levantamos o pé do acelerador ou travamos.
Mas o mais surpreendente é o comportamento do motor eléctrico de rotor bobinado, com uma potência equivalente a 95 cv e um binário máximo de 226 Nm disponível de forma instantânea. Isto significa, que ao arrancar num semáforo, o Z.E. é imbatível. Em estrada, a velocidade máxima está limitada a 135 km/h. Sempre com a maior suavidade e um silêncio a que facilmente nos habituamos.
O conforto, habitabilidade e o excelente nível de equipamento são outras das características do Fluence, de resto já notados no modelo térmico homónimo.
A única nota negativa vai para o facto da bateria não permitir cargas rápidas nas áreas de serviço, dificultando grandes viagens. Para estes casos, a Renault tem uma alternativa que passa pelo aluguer vantajoso de veículos convencionais.

1 comentário:

  1. O aluguer de carros é mesmo uma boa opção. e quando se trata de carros amigos do ambiente muito melhor.

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