quarta-feira, 1 de junho de 2011

Agradável surpresa




Testámos o novo Picanto e descobrimos um carro adaptado à crise, mas sem cortes na qualidade Já nos habituámos. Cada vez que testamos um novo modelo da Kia, causamos surpresa e admiração por onde passamos ou estacionamos. Com o novo Picanto manteve-se a tendência de atrair olhares mais curiosos porque, embora tratando-se de um modelo do segmento A, expressa bem o esforço empregue pela marca coreana no reforço da qualidade.
Quem vê o Picanto pela primeira vez depara-se com um citadino moderno, cheio de estilo e de design muito cuidado, sobressaindo a grelha ‘nariz de tigre’ identificativa da marca, as grandes ópticas e os pára-choques robustos. Mesmo na versão EX, intermédia entre a mais equipada (TX) e a de entrada na gama (LX) notam-se logo pormenores de qualidade capazes de colocar o Picanto num patamar superior. Os espelhos retrácteis eléctricos com piscas incorporados, a grelha cromada, as saias laterais e o aileron traseiro são disso exemplo, mas uma olhadela lá para dentro também pode significar alguma dose de espanto, dado o design do tablier e da consola tricilíndrica. E tem ar condicionado, fecho centralizado, vidros eléctricos atrás e à frente, rádio CD e MP3 de 4 colunas e dois ‘tweeters’, com ligações USB, Aux e iPod e computador de bordo? Tem isso e muito mais. No nível intermédio (EX), o Picanto oferece ainda equipamentos de segurança como o ABS, assistência na travagem (BAS e EBD), airbags frontais, laterais e de cortina, entre muitos outros itens. Mas, se subirmos ao nível superior (TX), até podemos encontrar luzes diurnas em LED, puxadores cromados, jantes de liga leve de 15 polegadas, faróis de nevoeiro, comandos áudio no volante em pele, bluetooth e sensores de luz.

Para além do que é visível, no teste efectuado pelo JR o mais surpreendente foi ainda o comportamento deste pequeno (mas espaçoso) citadino, graças a um espevitado motor 1.0 MPI, de três cilindros e 69 cv, com um binário máximo de 95 Nm. Tal como os consumos (na ordem dos 5,4 l/100 km), as prestações em cidade ou em estrada regular merecem nota máxima, sendo óbvio que este não é carro para grandes viagens a mais de 120 km/h, quando se começa a notar alguma trepidação.
Mesmo assim, o nível de conforto a bordo do Picanto está acima da média e já próximo de segmentos superiores.
Resta dizer que a relação preço/qualidade continua a ser arma de peso para um construtor (Hyundai/Kia) que já atingiu o 4.º lugar mundial: a partir de 9946 euros(TX), 11 746 para o nível intermédio (EX) e 12 646 para o topo de gama.
Em Setembro chegará a versão bi-fuel, ainda mais adaptada à crise que vivemos e ao preço elevado dos combustíveis. Na mesma altura será lançada a motorização 1.2 de 85 cv (TX Sport) e a versão de 3 portas.
Paulo Parracho

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