quinta-feira, 7 de julho de 2011

Verde e não é só por fora





Honda Jazz Hybrid: Solução ecológica de vocação citadina

A cor verde-lima chama desde logo a atenção. Mas, o Jazz Hybrid tem muitos mais motivos de interesse, relacionados, sobretudo, com a elevada carga de tecnologia ecológica que exibe. Falamos do sistema IMA, já ensaiado com reconhecido êxito no Insight, comprovado no CR-Z e agora transplantado para o Jazz, tornando-o no primeiro híbrido do segmento dos utilitários. Na prática, a combinação de um propulsor de 1.3 litros a gasolina, com 88 cv, e um motor eléctrico de 14 cv, resulta numa potência combinada de 98 cv e num binário de 167 Nm/4500 rpm. O resultado deste conjunto, que integra ainda uma caixa automática CVT de sete velocidades e o indispensável ‘start/stop’, evidencia-se ao nível da redução de consumos (4,6 l/100 km) e de emissões (104 g/km). Pese o facto de, no teste efectuado pelo JR, a média não ter baixado dos 5,4 l/100 km, esta é uma verdadeira alternativa aos modelos Diesel, apresentada com uma excelente relação entre preço (na casa dos 20 000 euros), qualidade e equipamento.

Embora não permita recurso exclusivo ao motor eléctrico, como acontece com o sistema utilizado pela Toyota, no Jazz não faltam incentivos para manter uma condução ecológica. Desde logo, pelas opções (Econ, Drive e Sport) disponíveis para o tipo de performance que pretendemos. Ao accionarmos um botão verde, passamos a tirar total partido do sistema IMA (Integrated Motor Assist) e limitamos a potência e o binário em cerca de 4%. A resposta do acelerador é suavizada e a eficácia da travagem regenerativa que alimenta as baterias do motor eléctrico é potenciada. Incentivados pela tonalidade (verde) que nos chega do velocímetro e pela colecção de pétalas que conseguimos juntar numa espécie de jogo exibido no pequeno painel do computador de bordo, somos levados a prolongar a economia até que a paciência o permita.
E se a tecnologia é um dos pontos fortes deste Jazz, que dizer do conforto e do espaço interior? A resposta só pode ser positiva. O Jazz está muito acima da média. O único ponto negativo, mas justificável, vai para a dimensão da bagageira, prejudicada pela implantação das baterias que alimentam o sistema IMA.
Em suma, uma excelente proposta para utilização citadina, com argumentos suficientes para ser um autêntico carro familiar.
Paulo Parracho

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