Peugeot RCZ 1.6 THP justifica título de ‘Desportivo do Ano’
Recentemente eleito como Desportivo do Ano pelo júri do Troféu Essilor Volante de Cristal, perante rivais de luxo, como o Honda CR-Z, o Renault Mégane RS 2.0T, o Subaru Impreza WRX STI 2.5 e o Volkswagen Scirocco R, o Peugeot RCZ 1.6 THP 200 cv é, de facto, um modelo de excepção dentro da sua classe. As linhas atléticas e o estilo coupé que exibe não o deixam passar despercebido onde quer que seja, conforme pudemos comprovar durante os quatro dias de teste à versão de topo desta gama. Em qualquer paragem, o RCZ atrai olhares e desperta comentários. Chegámos mesmo a deparar com uma “multidão” de “eles e elas” à volta de um “leão” que justifica bem o epíteto de rei... da estrada.
De facto, para além do irrepreensível design, de silhueta arqueada, frisos em alumínio e óculo traseiro ondulado, este Peugeot destaca-se pela veia desportiva do motor 1.6 THP com turbo twin-scroll, resultante da parceria entre o Grupo PSA e a BMW. É capaz de uma velocidade máxima de 237 km/h e de chegar dos zero aos 100 km/h em apenas sete segundos. A sonoridade das acelerações acima das 4000 rpm desperta ainda mais atenções, mas o prazer supremo está reservado para quem tem o privilégio de conduzir este RCZ, desfrutando de uma experiência inesquecível, mercê de um binário de 275 Nm presente numa faixa alargada de regimes (entre as 1700 e as 4500 rpm).
Os 200 cavalos de potência desta motorização metem algum respeito e exigem “unhas” para os domar, muito embora, mesmo sem autoblocantes, não seja difícil a tarefa de manter este carro agarrado à estrada. Assente na plataforma do 308, o RCZ mostra grande estabilidade e adapta-se de forma quase elástica a estradas sinuosas e com curvas vincadas, como nos troços míticos da serra de Sintra por onde andámos.
Lá dentro, nota-se que a marca francesa aprumou-se para caprichar nos acabamentos, com o tablier revestido a “pele” e a inclusão de um relógio analógico ao centro a garantirem um toque de classe. Os bancos integrais dianteiros proporcionam alto nível
de conforto e estabilidade, mas os lugares traseiros são meramente simbólicos, pois dificilmente acomodam dois adultos. Porém, quem tem umRCZde 200 cv certamente não pensa em andar com a família atrás...
E se a qualidade do RCZ justifica na plenitude o título de Desportivo do Ano, quando falamos de preços percebemos a razão da escolha dos 18 jurados da iniciativa das revistas Volante e Autosport. 33 mil euros por um carro deste calibre é garante de uma excelente relação entre valor e qualidade.
Paulo Parracho
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