terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fusão quase perfeita









Toyota implantou no Auris a tecnologia híbrida já utilizada com grande sucesso no Prius


O modelo da Toyota mais vendido no nosso país tem agora motivos acrescidos para se impor decisivamente no segmento dos pequenos familiares, com a introdução da tecnologia Hybrid Synergy Drive (HSD), utilizada desde 1993 com reconhecido sucesso e evoluções constantes nas três gerações do icónico Prius.
Juntando um motor eléctrico ao de combustão interna, o novo Auris interpreta fielmente a bandeira ambiental acenada pela Toyota, assente numa tecnologia de vanguarda que, até 2020, irá equipar toda a gama da marca.
Na prática, temos um motor a gasolina 1.8 VVT-i, de 99 cv, e outro eléctrico, de 80 cv, alimentado por baterias de níquel colocadas sob a bagageira. Daí resulta uma potência combinada de 136 cv, idêntica à da versão Diesel (2.0), binário de 142 Nm, mas com consumos médios na ordem dos 4,5 l/100 km (3,8 l/100 km anunciados pela marca) e emissões de CO2 de apenas 89 g/km. Médias tão interessantes são proporcionadas pelo sistema HSD, capaz de mover o Auris durante dois quilómetros, a uma velocidade não superior a 50 km/h, sem gastar uma gota de combustível, ou seja, apenas com recurso ao motor eléctrico. A carga das baterias é restabelecida através da regeneração de energia nas travagens e desacelerações, pelo que, em condução normal há sempre uma ajuda auxiliar do motor eléctrico, contribuindo decisivamente para a redução do consumo de gasolina.
Mais do que em estrada, as vantagens deste sistema destacam-se no pára-arranca das cidades, onde a suavidade, o silêncio e a ausência de emissões poluentes tornam o Auris num parceiro ambiental.
Com três modos de condução seleccionáveis através de comutadores instalados junto ao pequeno selector da caixa E-CVT, de variação contínua, podemos adaptar o comportamento do Auris às nossas necessidades ou preferências. Assim, em EV, conduzimos em 100% eléctrico, a opção Eco alivia a carga do motor a gasolina, a resposta do acelerador e o funcionamento do ar condicionado, possibilitando a tal média de 3,8 l/100 km, enquanto no modo ‘Power’ alcançamos toda a virilidade da motorização.
Lá dentro, o Auris mantém todo o espaço e conforto que já o caracterizavam, com excepção da bagageira, penalizada em 70 litros de capacidade para albergar as baterias.
Além do equipamento-base, equivalente ao nível Exclusive, a Toyota propõe dois ‘packs’ extra para o Auris HSD: Techno, com sensores de luz e chuva, ‘cruise control’ e banco em alcantara, por mais 1341 euros, e Navi, com sistema de navegação, câmara e sensores de ajuda ao estacionamento, por mais 1875 euros. O preço-base do modelo é de 24 970 euros, um pouco acima da versão Diesel1,4 D-4D (90 cv).
Paulo Parracho


Saiba mais em:

http://www.jornaldaregiao.pt/Toyota.pdf



Solução acertada








Fiat 500 ganha dinâmica e compromisso ecológico com introdução do motor 1.3 Multijet

Já testada no Punto Evo, com bons resultados ao nível das prestações e dos consumos, a última evolução do motor 1.3 Multijet da Fiat equipa agora o pequeno 500. Acoplado a uma caixa de cinco velocidades e já com o sistema ‘Start&Stop’, na versão Sport esta motorização Diesel permite uma potência de 95 cv, com um binário de 200 Nm a partir das 1500 rpm e é capaz de atingir uma velocidade máxima de 180 km/h. Melhor, só mesmo o Abarth, pois nem a versão 1.4 16v de 100 cv regista prestações e, sobretudo, consumos tão simpáticos.
Temos assim, a melhor das diferentes propostas que a gama 500 apresenta em termos de motorizações com ganhos evidentes na relação preço/ qualidade/ performance.

Aqui, convém dizer que esta versão apresenta-se com preços entre os 19 e os 20 mil euros, consoante o nível de extras introduzidos.
A versão testada pelo JR, para além de jantes de liga leve de 16’’, dispunha de bancos em pele, volante e comando de velocidades também revestidos a pele, bem como os já conhecidos sistemas: ‘Start&Stop’, que desliga o motor em paragens mais prolongadas; e ‘Blue&Me’, com comandos no volante para ligações telefónicas ou para aceder ao rádio com CD e MP3, a uma caneta USB ou a um ‘media player’ portátil. Tal como o Punto Evo, este 500 também incorpora o sistema ‘Eco:Drive’, uma aplicação informática inovadora e fácil de utilizar que ajuda a melhorar a eficiência da condução.
Através de uma caneta USB e do acesso a uma aplicação disponibilizada pela Fiat através da Internet, é possível analisar todo o nosso comportamento ao volante, de modo a corrigir eventuais erros e excessos, nomeadamente, ao nível dos consumos e das emissões poluentes.
De qualquer forma, graças à genica e elasticidade evidenciadas pelo propulsor 1.3 Multijet, este 500 até convida a alguns excessos em estradas mais sinuosas, onde a designação Sport assume, de facto, razão de ser.
Quanto ao resto, já não é preciso falar das linhas sedutoras e modernas do 500, nem da sua apetência para vencer o trânsito citadino. Porém, convém salientar, que a capacidade para transportar quatro pessoas, embora sem espaço de sobra, é verídica, como pudemos comprovar.
Em suma, com a introdução desta nova motorização, a Fiat largou o leque de potenciais compradores da gama 500, até aqui presos a versões menos dotadas em termos de potência.
E quanto a consumos? Também aqui a surpresa foi positiva, com médias não muito diferentes dos 5,4 l/100 km anunciados pela marca, com emisões de CO2 de 104 g/km.
Uma boa opção, portanto...
Paulo Parracho




quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mais tecnologia e nova imagem nos C4 Picasso




Motor micro-híbrido e-HDi é principal novidade
As duas variantes do monovolume compacto da Citroën, os ‘visiospace’ C4 Picasso eGrand C4 Picasso vão ganhar uma a nova imagem e passam adoptar a tecnologia micro-híbrida eHDi. Conhecendo um inegável sucesso comercial desde o seu lançamento, com quase 650 mil veículos vendidos, estas duas versões oferecem uma série de modificações de uma só vez, quer em termos de estilo, quer de motor.
Gozando de uma luminosidade excepcional graças ao pára-brisas panorâmico, os novos Grand C4 Picasso e C4 Picasso passam a ter o novo logótipo da marca aposto na frente e traseira, passando a oferecer uma assinatura de LEDs, visíveis de dia e de noite, localizada no pára-choques dianteiro, sob os faróis.
O advento da tecnologia micro-híbrida e-HDi combina um sistema Stop&Start de segunda geração, uma caixa manual pilotada e o motor de 110 HDi FAP. Deste modo a oferta passa a combinar conforto de condução à conveniência dos baixos consumos de combustível (4,8 l/100 km) e uma redução significativa das emissões de gases poluentes e de CO2 (125
g/km).
Estas evoluções estarão disponíveis no nosso mercado durante o último trimestre
de 2010.


Laguna apresentado no Salão de Paris



No próximo Salão Automóvel de Paris, a Renault irá revelar o novo Laguna.
A frente mais agressiva na Berlina e na Break realça a beleza do modelo, conjugando-a com o prazer de condução e a serenidade. À qualidade, fiabilidade e segurança, o novo Renault Laguna, adiciona uma nova atractividade: o exclusivo sistema ‘4Control’, de quatro rodas direccionais torna-se mais acessível pois passa a estar disponível nas motorizações dCI 130 e dCI 150. Ainda mais ágil e mais dinâmico, o novo Renault Laguna é também mais respeitador do ambiente com o motor dCI 110 com um nível de emissões de apenas 120g/km de CO2. A tecnologia será abundante no Laguna, com destaque para os sistemas de navegação Carminat TomTom® Live e o Bose®Sound System.
O novo Renault Laguna estará à venda a partir de Novembro.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Diversão também pode rimar com economia







Honda CR-Z alia a irreverência de um coupé desportivo à preocupação ecológica de um híbrido

Lançado no nosso mercado ainda antes do Verão, o novo Honda CR-Z ainda desperta os olhares mais curiosos. É daqueles carros que, sem ser grande, dá nas vistas. Regra geral, os apreciadores e detentores dos já ‘velhinhos’ Civic CR-X não dispensam um olhar mais demorado sobre aquele que é um digno sucessor do modelo que tanto furor causou durante
a década de 80.
Só que, o CR-Z não se limita a reproduzir as linhas do pequeno coupé lançado pela Honda em 1983. Faz como que uma simbiose entre o CR-X e o primeiro veículo da marca equipado com uma motorização híbrida, o Insight, comercializado em 1999.
Temos assim um casamento perfeito entre um veículo cheio de carácter desportivo e irreverente, mas com preocupações ambientais, capaz de reduzir a fatia de emissões poluentes e os consumos através de um motor eléctrico de 14 cv acoplado ao propulsor 1.5 i-VTEC, de 114 cv, e a uma caixa de seis velocidades, rápida e precisa.
Com três modos de condução (Eco, Normal e Sport) accionáveis através de comandos instalados na ponta esquerda do tablier, podemos ajustar o comportamento do CR-Z ao nosso estado de espírito, às características da estrada ou ao recheio da carteira. É que, em modo Eco, temos a garantia de um consumo abaixo dos 5 litros, mercê de um maior recurso ao motor eléctrico, muito embora a um ritmo de condução mais próprio dos célebres passeios de domingo que por vezes entopem as nossas estradas. Tal como no Insight, o painel de instrumentos muda de cor conforme o nosso comportamento ecológico e, entre a panóplia de informações prestadas pelo computador de bordo, inclui também uma espécie de jogo que colecciona pétalas consoante o nível de economia da condução.
Já em Normal, o CR-Z dá mostras de maior virilidade, acentuada, como seria de esperar, no modo Sport, capaz de agilizar, não só a potência, como a estabilidade e resposta da direcção. Escusado será dizer que as pétalas coleccionadas no tal jogo da economia desaparecem num instante, tal como a carga das baterias que alimentam o motor eléctrico. Mas é aqui que o CR-Z se torna num carro muito divertido, capaz de serpentear por curvas e contra-curvas sem vacilar.
Desta vez, tivemos ocasião de experimentar a versão topo de gama (GT Top), dotada de um excelente nível de equipamento, contando com bancos ergonómicos em pele, tejadilho panorâmico, sistema ‘bluetooth’, ‘cruise control’, luzes ‘xénon’ e sistema de som de potência
elevada com ‘subwoofer’ na bagageira, a que se juntam o controlo de estabilidade, ar condicionado, jantes de liga leve, ligação USB e o leitor de 6 CD já presentes nas versões mais acessíveis (a partir de 23 mil euros).
Em suma, trata-se de uma excelente opção, por preços que temos de considerar acessíveis (26 mil euros no caso da versão testada) para quem tem sangue na guelra e gosta de brincar na estrada. No entanto, é recomendado apenas para condutores solitários ou para casais, pois os dois lugares traseiros são pouco mais do que decorativos.
Paulo Parracho

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Proposta refrescada





Toyota reforça argumentos fortes do RAV4 com ligeira actualização estética e técnica


Distingue-se da anterior geração pelo desenho da secção frontal, que inclui uma nova grelha cromada mais próxima dos restantes membros da família (Auris, Verso e Avensis). Os faróis, o capot e os guarda-lamas também foram redesenhados e dão ao novo Toyota RAV4 um aspecto
mais largo e dinâmico, sem afectar a tradicional imagem de robustez.
No interior as mudanças assentam na adopção do sistema Easy Flat, capaz de promover o rebatimento total ou parcial dos bancos traseiros com o simples accionar de uma pequena alavanca, mas também pelo novo revestimento dos bancos, em pele/alcântara.
Nesta actualização de um modelo que já faz história, com algum sucesso entre os SUV compactos, desde 1994, a Toyota manteve tudo o que já era bom e acrescentou apenas alguns pormenores capazes de reforçar a versatilidade desde sempre evidente no RAV4. Aqui, convém lembrar que a sigla utilizada pela marca nipónica define perfeitamente as características deste modelo: RAV4 = Veículo Activo Recreativo com tracção às 4 rodas.
Sem ser um jipe puro e duro, permite aventuras engraçadas por caminhos e trilhos de terra batida, muito embora a altura ao solo limite objectivos mais radicais. Mesmo assim, porque está equipado com um sistema de condução activa integrada que gere a repartição do binário entre os dois eixos, há sempre a garantia de uma boa motricidade e de optimização da tracção em terra, lama, neve ou chuva. Isto porque, a este sistema 4x4 estão ainda acopladas outras tecnologias, como o controlo activo de binário, controlo de estabilidade e a direcção assistida eléctrica (EPS). O sistema incorpora também um botão de bloqueio 4x4 (4WD Lock) que permite ao condutor bloquear a distribuição de binário em 55:45 para omáximo de eficiência em condições mais severas.
Ora, estas faculdades para condução ‘off-road’ têm, como não poderia deixar de ser, influência determinante e mestrada, onde a eficácia, a estabilidade, o conforto e a segurança do RAV4 são por demais evidentes.
O motor 2.2 de 150 cv e 340 Nm de binário às 2000-2800 rpm revela-se bastante competente, com agilidade q.b. nas acelerações e recuperações. Embora com emissões reduzidas a um nível invejável para a gama (159 g/km), o consumo médio anunciado pela marca (6,0 l/100 km) fica, contudo, aquém do registado no nosso teste, em que nunca baixámos dos 7,8 litros.
Resta dizer que o RAV4 apresenta dez combinações de equipamento, motorizações e de transmissão.O equipamento de série já é bastante generoso, mas os ‘packs’ Luxury e NAVI transformam-no num topo de gama e de tabelas de preços: cerca de 45 mil euros, em grande parte destinados à elevada carga fiscal.
Paulo Parracho