quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O mais americano dos Fiat a preço europeu





Marca italiana transformou Dodge Journey num SUV com mais requinte, conforto e potência
Já conhecido do mercado nacional, o Dodge Journey foi rebaptizado e amplamente melhorado pela Fiat, graças às sinergias entre o construtor italiano e a norte-americana Chrysler. Agora designado por Fiat Freemont, este SUV mantém as características de monovolume e de carrinha que já evidenciava, com ligeiros retoques em termos estéticos, mas com alterações significativas ao nível dos interiores, do equipamento e da mecânica. Resultado: melhorou a olhos vistos e tem agora todas as condições para rivalizar com os produtos de outras marcas já instaladas no segmento.
Ainda para mais, a Fiat propõe um preço de arromba nesta fase de lançamento, que se junta à oferta de um nível de equipamento só visto em modelos de gama alta, como sejam o sistema de navegação TomTom ou o DVD encrostado na cobertura e capaz de fazer as delícias de quem viaja nos bancos traseiros. O preço inicialmente estimado em 37 mil euros beneficia de descontos adicionais que podem chegar aos 3000 euros, o que eleva ao máximo a relação valor/qualidade/equipamento.
Para além disso, a introdução do motor 2.0 Multijet de 170 cv, que já conhecíamos, por exemplo, do Alfa Romeo Giulietta, deu nova vivacidade a este modelo, com clara vantagem face ao anterior bloco 2.0 TDI de 140 cv e origem VW. Com 350 Nm de binário e uma caixa de seis velocidades suave e de resposta pronta às solicitações, a condução deste Freemont torna-se num autêntico prazer. Aqui, convém dizer que o aumento de potência não agravou os consumos. Antes pelo contrário: nos ensaio efectuados pelo JR, em percurso misto, registámos médias na casa dos 7,5 l/100 km, um pouco acima dos 6,4 apregoados pela marca, mas ainda assim num nível muito satisfatório face a outros modelos da mesma gama.
Depois, o conforto é total, sendo este o companheiro ideal para longas viagens em família, pois, até mesmo nos dois últimos dos sete lugares disponíveis há habitabilidade razoável. Voltando ao nível de equipamento, o mais americano dos modelos Fiat oferece, entre outros extra, controlo de estabilidade e de tracção, sistema de ajuda ao arranque em subida, ignição sem chave, sensores de luz e chuva, sensores de estacionamento, AC auto tri-zona e banco de condutor eléctrico.
Uma boa aposta, para ter em conta até final do ano.
Paulo Parracho

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Um dia, todos os carros vão ser assim




Renault apresenta em Cascais os novos Fluence e Kangoo Z.E.
Para muitos, estes são, sem dúvida, os carros do futuro. Os novos Renault Fluence Z.E. (zero emissões), sedan de cinco lugares, e Kangoo Z.E., comercial também com versões para transporte de passageiros, rompem de vez com a tradição de utilização de motorizações térmicas, recorrendo apenas a propulsores 100% eléctricos. Aqui, a vantagem reside no facto de ambos serem apresentados com preços de aquisição semelhantes aos das versões convencionais, embora sujeitos a um adicional de cerca de 80 euros mensais para aluguer das baterias de iões de lítio.
Mesmo assim, e tomando como exemplo o caso do Fluence, comercializado por apenas 21 600 euros, contando que o Estado continua a disponibilizar um incentivo de 5000 euros, as vantagens face aos modelos convencionais são evidentes: O novo carro eléctrico da Renault precisa apenas de 2 euros de energia eléctrica para garantir a sua autonomia (cerca de 185 km), enquanto a versão térmica precisará de cerca de 18 euros de combustível para percorrer a mesma distância. Quanto ao aluguer da bateria, para uma quilometragem anual 10 000 km, significa um custo adicional de 0,08 euros/km.
Para além das contas e das vantagens ambientais, o Fluence apresenta outros argumentos capazes de convencer possíveis compradores a partir de 1 de Janeiro, data em que ficará disponível para comercialização, embora a marca já esteja a receber encomendas desde o início deste mês.
Por fora, este familiar eléctrico é quase idêntico ao Fluence convencional, distinguindo-se apenas pela cor (azul eléctrico), pelo desenho dos farolins traseiros e da grelha dianteira e, sobretudo, pelos 13 cm acrescentados na traseira de modo ao comportar a instalação da bateria entre os bancos e a bagageira (com 317 litros de capacidade).
O habitáculo é acolhedor e ergonómico, saltando à vista o distinto painel de instrumentos, com indicadores específicos de um carro eléctrico, como sejam o de carga de bateria e o painel com informações sobre autonomia (muito importante), consumos em kWh e da função regeneradora da bateria, que acontece quando levantamos o pé do acelerador ou travamos.
Mas o mais surpreendente é o comportamento do motor eléctrico de rotor bobinado, com uma potência equivalente a 95 cv e um binário máximo de 226 Nm disponível de forma instantânea. Isto significa, que ao arrancar num semáforo, o Z.E. é imbatível. Em estrada, a velocidade máxima está limitada a 135 km/h. Sempre com a maior suavidade e um silêncio a que facilmente nos habituamos.
O conforto, habitabilidade e o excelente nível de equipamento são outras das características do Fluence, de resto já notados no modelo térmico homónimo.
A única nota negativa vai para o facto da bateria não permitir cargas rápidas nas áreas de serviço, dificultando grandes viagens. Para estes casos, a Renault tem uma alternativa que passa pelo aluguer vantajoso de veículos convencionais.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Tal como um Auris em ponto pequeno





Maior, mais espaçoso e bem equipado, novo Toyota Yaris promete despertar paixões
A Toyota lançou a nova geração de um dos modelos que maior sucesso tem encontrado entre nós, o Yaris.
Numa altura em que a crise económica condiciona todo o tipo de escolhas, este modelo surge como uma alternativa mais modesta a quem procura um carro do segmento C, mas não tem ainda o necessário suporte financeiro para o conseguir. Pois, sem ser um Auris (referência da marca nipónica posicionada no nível seguinte), o novo Yaris apresenta argumentos que o aproximam de um segmento superior. Isto, claro, se optarmos pela versão topo de gama, neste caso a 1.4 D-4D Sport, equipada com um ‘pack’ Techno, com tecto panorâmico, bancos de pele e tecido, jantes em liga leve escuras, ópticas dianteiras escurecidas, sistema de navegação e câmara traseira de ajuda ao estacionamento, estes dois itens complementares ao novo sistema multimédia Toyota Touch & Go disponível em toda a gama.

De resto, este sistema é um dos factores que distingue o Yaris da concorrência mais directa, ao agregar várias funções como o computador de bordo, a possível personalização de parâmetros do automóvel, assim como a ligação entre vários elementos portáteis, como os telemóveis para leitura de música ‘streaming’ via ‘bluetooth’ ou outros leitores de música através da entrada USB. Na versão mais avançada temos ainda GPS e acesso à Internet, disponíveis num ecrã táctil de 6,1 polegadas.
Assente num ‘design’ mais desportivo e dinâmico, mas ao mesmo tempo discreto e simples, o novo Yaris cresceu um centímetro em relação à geração anterior e beneficiou também do aumento da distância entre eixos para oferecer um habitáculo maior, mais confortável e versátil e ainda uma bagageira de capacidade (268 litros) razoável.
Durante a apresentação nacional, realizada no Algarve, tivemos também ocasião de testar a versão equipada com o motor 1.33 litros com duplo VVT-i, de 99 cv, mas a nossa preferência vai mesmo para o turbo diesel de 1.4 litros D-4D, com 90 cv, acoplado a uma caixa de seis velocidades. Suave, enérgico e bastante económico, justifica plenamente mais dois mil euros no preço final, na casa dos 20 900 euros (a partir de 16 980 no nível base de equipamento).

A Toyota propõe também a motorização 1.0 VVT-i, de 69 cv, disponível a partir de 12 980 euros.
Nesta fase de lançamento em Portugal, a marca oferece ainda o ‘pack’ Style (na motorização 1.0 VTT-i) ou o nível Sport aos clientes que optarem pela versão Comfort (na motorização diesel 1.4 D-4D e 1.33Dual VVT-i).
Paulo Parracho

Para mais informações consulte:
http://www.jornaldaregiao.pt/blog_auto/Press_Kit_Yaris-Set2011.pdf

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Um eléctrico que não pára...




O Opel Ampera é o novo automóvel eléctrico com extensor de autonomia da marca alemã que, no início de Janeiro, estará disponível em Portugal.
Dinâmico e ecológico com apenas 27 g/km de emissões de CO2 no ciclo misto, no modo de funcionamento eléctrico, a autonomia da bateria permite ao Ampera circular até 80 quilómetros sem quaisquer emissões. “É um carro que tem um uso normal na cidade, mas que também pode fazer viagens longas”, salientou Guilhermo Sarmiento, director-geral da GM em Portugal, na apresentação do Opel Ampera, que decorreu no passado dia 26, no Hotel Farol Design, em Cascais.
“O Opel Ampera tem um motor eléctrico principal e um motor gerador ligado a um motor de gasolina que começa a recarregar a bateria para não a deixar cair por completo”, explicou o responsável pela GM Portugal.
Este extensor permite que a autonomia do Opel Ampera ultrapasse os 500 quilómetros, sem precisar de parar para recarregar a bateria ou reabastecer de gasolina. No ciclo misto o Ampera consome apenas 1,2 litros de gasolina por cada 100 quilómetros e emite 27 g/km de CO2.
O que distingue o Ampera dos outros eléctricos é que “é independente das infra-estruturas de recarregamento existentes. Não está dependente dos postos de recarregamento”.“Uma carga de electricidade completa terá um custo de 70 cêntimos. O custo por quilómetro será cerca de 1 euro”, destacou Guilhermo Sarmiento.
Com um motor gerador equiparado ao de gasolina tradicional de 4 cilindros (1.4 DOTTC) e uma potência de 115 cv, com 370 Nm de binário, o Ampera apresenta-se silencioso e com força mesmo em maiores velocidades, chegando a fazer 9 segundos dos zero aos 100 km.
A comercialização activa em Portugal terá o seu início em Janeiro do próximo ano e o preço de venda ao público está estimado em 42 900 euros. O objectivo de vendas da Opel para 2012 é de cem carros. Já conta com 23 encomendas firmes, revelou Guilhermo Sarmiento.

Classe e tecnologia



Citroën apresenta o novo DS5, o primeiro híbrido da marca

Só em Março de 2012,altura em que o mercado automóvel deverá registar a maior quebra de sempre no nosso país, chegará até nós o mais recente produto da Citroën, o DS5. O terceiro membro da família ‘premium’ da marca do ‘double chevron’ foi apresentado a jornalistas de toda a Europa em Nice (França), cidade que, pelo seu requinte e ‘glamour’, condiz perfeitamente com o carisma deste carro.
Pelas estradas da Côte d'Azur conduzimos duas das versões a comercializar em Portugal (HDI 160 FAP e Hybrid 4), com destaque a recair na versão híbrida, a primeira da marca francesa e aquela que poderá contrariar o declínio de vendas previsto para 2012. Já lá vamos.
Antes, convém destacar o carácter escultural deste modelo, assente na plataforma do C5, mas com uma arquitectura futurista, considerada mesmo como "expressão do luxo à francesa".
Luxuoso, bonito, inovador, tecnológico... enfim, poderíamos ocupar linhas e linhas a inumerar as qualidades estéticas e dinâmicas do DS5, resumidas no conceito de "produto de alta costura", diversas vezes apregoado pelos responsáveis da Citroën durante a apresentação internacional do modelo.
O desenho expressivo e o requinte do habitáculo, com um posto de condução envolvente e comandos no tecto, repleto de materiais de qualidade, exemplificam o melhor do luxo gaulês.
Ao nível da tecnologia, não faltam atributos, como o controlo de tracção inteligente, a segunda geração do sistema de alerta de saída da faixa de rodagem, a comutação automática dos faróis em função do tráfego, a transmissão de informações a cores no pára-brisas, ou a câmara traseira para estacionamento. Mas este é também o primeiro modelo da marca a adoptar a tecnologia diesel ‘full-hybrid’ HYbrid4, oferecendo em simultâneo elevadas performances (200 cv e tracção integral), e a possibilidade de rodar apenas com recurso ao propulsor eléctrico, durante três quilómetros e a uma velocidades máxima de 70 km/hora.
De resto, num percurso de 66 km, conseguimos circular em modo totalmente eléctrico durante 26 km, tirando partido do recarregamento das baterias através do aproveitamento da energia cinética das travagens e desacelarações. Nos restantes, o propulsor diesel de 163 cv (na tracção dianteira) também recebe a ajuda do motor eléctrico (tracção traseira), permitindo que o resultado final em termos de consumos se situe numa média inferior a 4 l/100 km.
Resta esperar pelos preços finais para toda a gama, por enquanto estimados entre os 35 e os 43 mil euros, consoante as motorizações e os níveis de equipamento (So Chic e Sport Chic) propostos.
Paulo Parracho