quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Quando a gasolina compensa




Num segmento dominado pelo Diesel, motorização 2.0 i-VTEC torna Honda CR-V mais acessível
Por essa Europa fora, o Honda CR-V lidera as vendas no segmento dos SUV, situação que só não se verifica em Portugal mercê da elevada carga fiscal que torna o modelo pouco concorrencial em termos de preço final, pese a elevada qualidade que apresenta. Para atenuar a situação, a Honda tem lançado algumas edições especiais, com destaque para a versão Lifestyle, dotada de excelente nível de equipamento e comercializada na casa dos 46 mil euros, com motor 2.2 i-DTEC, de 150 cv, ficando oito mil euros mais barata com recurso ao propulsor 2.0 i-VTEC, com a mesma potência, mas a gasolina, e caixa manual de seis velocidades.
Foi precisamente esta motorização que o JR teve oportunidade de testar, embora na versão Elegance, menos composta em termos de equipamento, mas com tudo o que é necessário para desfrutar de um dos melhores e mais confortáveis modelos do segmento dos SUV médios.
Ainda para mais, o preço (32 900 euros) torna o CR-V 2.0 i-VTEC Elegance muito mais acessível e justifica por inteiro a opção face à motorização Diesel, neste caso, 14 mil euros mais cara. Já pensou quanto quilómetros terá de fazer para justificar tal diferença?
De resto, com os mesmos 150 cv, embora com evidentes diferenças em termos de binário, este motor tem competência necessária para tranquilos passeios em família, pela estrada ou fora dela, e revela moderação em termos de consumos (desde que não se abuse). Em circuito combinado, conseguimos excelente médias, de 8,5 l/100 km.
Depois, há que sublinhar que este é um verdadeiro carro de fim-de-semana, com excelente habitabilidade e espaço interior, conforto ao nível dos melhores e a qualidade de construção a que a Honda sempre nos habituou.
Se não entrar em grandes aventuras trialeiras, o CR-V é o companheiro ideal para passeios fora de estrada, com o sistema de tracção 4WD Real Time a dar uma ajuda quando o piso se tornar mais escorregadio, o que também se aplica com chuva, neve ou gelo.
Paulo Parracho

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Grande bomba!





Renault cria série limitada para o Laguna Coupé, evocando o Grande Prémio do Mónaco

A frase não é nova, mas aplica-se na perfeição a este Renault Laguna Coupé Monaco GP, lançado em Portugal pela filial da marca francesa numa série especial de 31 unidades numeradas. "Grande bomba!" foi a expressão que mais ouvimos durante os dias em que tivemos o privilégio de experimentar a primeira unidade desta edição exclusiva que presta homenagem ao mítico Grande Prémio do Mónaco de Fórmula 1.

Dotado de motorização turbodiesel 2.0 DCi, de 180 cv e capaz de uma velocidade máxima de 223 km/h, este Laguna tem, de facto, todas as características de uma "grande máquina". Distingue-se da restante gama, pelas imponentes e negras jantes "Interlagos", de 18 polegadas. Os espelhos e o tejadilho também são de cor preta, em contraste com o branco ‘nacarado’ da carroçaria. Lá dentro, o ambiente é de grande luxo e conforto. Os bancos desportivos revestidos a couro e alguns frisos do tablier lacados a branco também fazem a diferença, tal como a chapa numerada que identifica esta versão exclusiva.

Porém, as diferenças não se ficam pela estética. O nível de equipamento é elevado, com realce para a navegação Carminat Tom Tom e para o sistema de som Bose, com potência e qualidade a condizer com o restante conjunto. Estes e outros itens de uma lista extensa justificam o valor de venda deste Laguna: 45 mil euros (grande parte vai para impostos).
Para tornar o Laguna Coupé Monaco GP ainda mais desportivo, com ganhos evidentes na estabilidade e na segurança, o chassis "4Control", de quatro rodas direccionais, já utilizado na restante gama Laguna, torna este portentoso modelo numa verdadeira serpente quando levado para percursos mais sinuosos.
Em suma, um carro apaixonante, mas apenas para 31 felizardos!

Paulo Parracho

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Coupé de um lado, utilitário do outro




Configuração de portas 1+2 torna o Hyundai Veloster num modelo original e muito ousado

Revelado no Salão de Genebra 2011 e apresentado na passada semana em Portugal, o novo Veloster é mais uma prova clara da grande evolução patenteada pela Hyundai nos últimos anos. Este coupé compacto prepara-se para concorrer directamente com propostas similares de outras marcas, como o Honda CR-Z, Renault Mégane Coupé e VW Scirocco. Para tal, apresenta argumentos fortes, como o novo conceito 1+2, que combina o estilo coupé com a funcionalidade de um utilitário. Os mais distraídos nem vão dar por isso, mas este Hyundai tem apenas uma porta do lado do condutor e duas do lado contrário, de modo a facilitar a acessibilidade aos lugares traseiros. Estes, são perfeitamente utilizáveis, o que nem sempre acontece em modelos deste segmento.

De resto, o Veloster constitui uma agradável surpresa em termos de espaço interior e até a bagageira é generosa, com 440 litros de capacidade, havendo ainda a possibilidade rebater os bancos traseiros (60:40).

De linhas ousadas e intensas, o ‘design’ do Veloster agrada, sobretudo, ao público mais jovem, tal como a sua alma desportiva, assente numa motorização 1.6 litros GDI, de 140 cv às 6300 rpm e binário de 167 Nm às 4850 rpm, com caixas manual ou DCT (automática) de seis velocidades.

Aqui, a única nota negativa vai para a não inclusão de motorizações Diesel nesta gama, facto explicado pela marca com a necessidade de criar um produto global, com mais procura, certamente, em países como os Estados Unidos, onde o recurso ao gasóleo não é tão popular como na Europa.

Em Portugal, o Veloster é proposto em dois níveis de equipamento, com preços entre os 22 800 e os 24 990 euros, sendo que por motivos fiscais a caixa DCT obriga a um acréscimo de 2500 euros.

A lista de opcionais é bastante completa e inclui um ‘pack’ recheado de tecnologia com sistema de entretenimento, navegação e áudio, com ecrã táctil de sete polegadas, bem como a câmara traseira de ajuda ao estacionamento.

Apesar de estarmos perante um carro de vocação desportiva, não falta, de série, o sistema ISG (‘stop/start’), fundamental para reduzir consumos e emissões.

Como na restante gama, a Hyundai garante 5 anos de garantia, sem limite de quilómetros.
Sem dúvida, uma proposta a ter em conta.
Paulo Parracho

Para mais informações:
Linkhttp://www.jornaldaregiao.pt/blog_auto/Novo_Hyundai_Veloster_Press_Release.pdf

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

‘Eu sempre gostei de ti...’





Kia aposta forte no segmento dos utilitários com o lançamento do novo Rio
"Sou como um rio; que acaba ao pé de ti", diz a canção dos Delfins. O tema bem podia integrar a campanha promocional do modelo com que a Kia pretende ganhar posição no topo do segmento mais vendido na Europa, o dos utilitários.

Falamos do Rio, designação que só por sim desperta todo um rol de títulos ou frases feitas com base em letras de canções e nomes de filme, mas que é muito mais do que isso. De facto, o novo Kia Rio rompe integralmente com o passado ‘low cost’ da marca, apresentando argumentos capazes de ombrear com os melhores rivais europeus, num segmento que representa 27 por cento das vendas.

Apresentado em Portugal, a jornalistas de toda a Europa, o novo modelo da Kia volta a surpreender pela estética, com um visual moderno, expressivo e robusto, mas também pela qualidade de construção, pelo espaço e funcionalidade do interior, pela introdução de equipamentos e conteúdos tecnológicos de gamas superiores e por motores bastantes económicos e competitivos. Aqui, merece destaque o motor turbodiesel 1.1 CRDi, de três cilindros, com 75 cv, capaz de reduzir consumos até aos 3,6 l/100 km e emissões de 94 g/km.

De resto, este será um dos principais argumentos do Kia Rio na luta directa com modelos de maior tradição no segmento, como o VW Polo ou o Renault Clio, por exemplo. Depois, há ainda a ter em conta o preço, a partir de 15 600 euros para versão base da motorização 1.1 CRDi, valor que sobe 1200 euros para o nível intermédio (EX) de equipamento e que não ultrapassa os 17 800 euros no caso da versão topo de gama (TX).

Mais acessíveis são as versões assentes na motorização 1.2 a gasolina, com 85 cv, consumos na casa dos 5,0 l/100 km e preços entre os 12 600 e os 14 800 euros.

O Kia Rio chega ao nosso mercado nas primeiras semanas de Outubro, ficando para 2012 o lançamento das versões de apenas três portas, bem como da motorização 1.4 Diesel.
Paulo Parracho

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Para refrescar ideias





Renault Mégane Coupé Cabriolet 2.0 dCi GT: Tem tudo para ser um carro de sonho
A avaliar pelas reacções de quem passava e parava para o admirar, o Renault Mégane Coupé Cabriolet pode ser mesmo um dos carros de sonho dos portugueses. Para mais, o modelo testado pelo JR dispunha de acessórios GT Line, até aqui opcionais, mas agora incluídos nesta versão e com múltiplas hipóteses de personalização.
Literalmente, este modelo faz rodar cabeças em seu torno e até desperta comentários de cobiça. Foi o que aconteceu quando, a bordo deste coupé cabriolet, percorremos o litoral das linhas de Sintra e Cascais, obviamente de cabelos (poucos) ao vento.
Imponente, mesmo capaz de deixar muita gente de boca aberta, é o momento de recolha ou abertura automática da capota rígida, procedimento que não ultrapassa os 22 segundos e permite contornar a instabilidade entre sol e chuva como a que enfrentámos no fim-de-semana dedicado a este ensaio.
Os olhares mais descarados quase nos intimidavam, mas os 160 cavalos e o binário de 380 Nm/2000 rpm da motorização 2.0 dCi que equipa esta versão permitiram fugir de locais mais indiscretos... num ápice.
De facto, tanta capacidade de impulso resulta num enorme prazer de condução deste Mégane, muito embora para "voar baixinho" seja mais recomendável esquecer a vertente cabrio e apostar na sua veia coupé GT. Link
Mesmo assim, para quem gosta mesmo de apanhar o que de bom o nosso clima tem, há uma rede antiturbulência, que custa 420 euros, mas torna muito mais confortável a viagem ao ar livre, embora eliminando os lugares traseiros (um pouco apertados para dois adultos, diga-se).
Esta versão GT está equipada com bancos excelentes, jantes específicas, aplicações metalizadas no tablier, sistema de som a condizer, chave em formato de cartão mãos-livres e ainda a navegação Carminate Tom Tom, auxiliar precioso, por exemplo, na detecção de radares fixos.

Custa cerca de 43 500 euros, mas por menos dez mil, é possível aceder à versão inferior, como motorização 1.5 dCi, de 110 cv, caixa automática EDC e um nível semelhante de equipamento. Para além de mais barata, esta revela-se também mais económica no que toca a consumos, pese a boa média de 7,2 l/100 km que registámos (a marca anuncia 6,7 l/100 km em percurso combinado).

Paulo Parracho


Para mais informações:
http://www.jornaldaregiao.pt/blog_auto/CI-RenaultMegane-Coupe-Cabriolet-GT.pdf