quarta-feira, 25 de maio de 2011

Feliz mistura de conceitos







Fomos a Barcelona conhecer o novo Citroën DS4, uma espécie de irmão mais rico do C4 Após o verdadeiro sucesso do DS3, já com 100 mil unidades comercializadas, a Citroën lançou o segundo modelo de uma gama que bem pode ser classificada como ‘premium’, em relação aos modelos tradicionais. Com o novo DS4 fica patente que a marca francesa consegue melhorar, e muito, o que já é apresentado como bom, alargando, assim, o leque de opções disponíveis para um mercado cada vez mais exigente.
O novo DS4 que conhecemos e testámos durante a sua apresentação internacional, realizada em Barcelona, destaca-se pela silhueta desportiva de coupé que exibe, embora de 5 portas, numa fusão com a funcionalidade de berlina que também se nota e, para surpresa de muitos, com a posição de condução (mais elevada) de um SUV. Uma fusão de conceitos que resulta num produto com todas as condições para se tornar em mais um sucesso comercial.
Mais caro que o C4, o DS4 revela pormenores de estilo bem diferentes. Apesar de assente na mesma base, mostra-se muito mais musculado e até mais alto, mercê dos 32 mm de sobrelevação conseguidos, o que se reflecte numa melhor posição de condução, favorecida ainda por um amplo pára-brisas dianteiro, já uma imagem de marca da Citroën.
Os interiores têm maiores semelhanças com o C4, embora com acabamentos mais requintados. Pior só ficou o espaço disponível nos bancos traseiros, muito embora o conceito de coupé desportivo justifique menores condições de acomodação para uma família mais numerosa.

Refira-se que, com a sobrelevação, a estabilidade não foi afectada, muito menos o conforto, graças à combinação quase perfeita de amortecedores, molas e barras estabilizadoras.

O novo DS4 está prestes a chegar a Portugal assente em motorizações Diesel HDI 110 e 160 cv, com uma versão e-HDI 110 com caixa manual pilotada, tecnologia micro-híbrida com Start&Stop e alternador inteligente. A oferta a gasolina inclui o bloco 1.6 de origem BMW, nas versões 120, 155 e 200 cv. No melhor dos três níveis de equipamento dispõe de controlo de tracção inteligente, assistência ao arranque, regulador de velocidade com memória e bancos com massajador, entre outros "luxos". Preços a partir de 28 mil euros.
Paulo Parracho, em Barcelona, com a Citroën

Para mais informações:
http://www.jornaldaregiao.pt/blog_auto/PR_CITROEN_DS4_POR_VF.pdf

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Renault com novo motor Energy dCi 130




Bloco 1.6 é o mais potente do mercado e vai equipar toda a gama Mégane

A Renault apresentou, no Centro de Ensaios e Pesquisa Automóvel de Mortefontaine, a 40 km de Paris, no passado dia 12, o seu novo motor Energy dCi 130, que se assume como o bloco com uma cilindrada de 1.6 litros mais potente do mercado. Desenvolve uma potência de 130 cavalos e um binário de 320 Nm às 1750rpm (dos quais 80% disponíveis a partir das 1500rpm), com consumos de 4,4 l/100 km e emissões de CO2 na ordem dos 115 g/Km.

O JR esteve presente no lançamento do novo motor Renault para testar, na estrada, a alta tecnologia deste motor quadrado, inspirado na experiência da Renault na F1.

Um amigo do ambiente que, para se tornar mais ecológico, não perdeu a potência e visa, progressivamente, substituir o motor 1.9 dCi nos Scénic e Grand Scénic. Em 2012 será alargado ao conjunto dos modelos da família Mégane. Mais tarde, também o Laguna poderá beneficiar com este motor.

O novo bloco vem dotado de uma corrente de distribuição e de um filtro de partículas sem manutenção e garante “uma relação qualidade/fiabilidade a toda a prova”. Segundo a Renault “foi criado para grandes distâncias e com custos de manutenção diminuídos de 20 a 35%”. Comporta também um vasto conjunto de alta tecnologia, como é o caso do sistema “Stop & Start” associado à recuperação de energia na desaceleração/travagem; e um sistema de re-circulação dos gases de escape em ciclo frio (EGR Baixa Pressão), que permite à Renault assumir-se como o primeiro construtor a introduzir esta tecnologia na Europa.

Lado a lado com o anterior motor 1.9 dCi 130, o novo Energy dCi 130 traduz uma redução de 20% nos consumos, que equivale a um litro em ciclo misto europeu, e uma diminuição das emissões de CO2 de 30 g/km.
Na estrada, com um Grand Scénic, o motor Energy dCi 130 apresentou um comportamento sóbrio e eficiente, revelando um excelente prazer de condução, com baixo nível de ruído, mesmo em grandes velocidades.
Segundo a Renault, estas motorizações térmicas inserem-se na estratégia mecânica de permitir um excelente prazer de condução com a redução das emissões de CO2 dos seus modelos. A marca francesa tem como objectivo chegar a 2016 abaixo dos 100 g C02/km.

Caixa automática de dupla embraiagem
A Renault apresentou igualmente a caixa EDC (Efficient Dual Clutch) com dupla embraiagem, para dar mais conforto e prazer de condução e, ao mesmo tempo, proteger o ambiente com maior redução no consumo.
A caixa EDC é a primeira transmissão automática que recebe a assinatura Renault eco2, com emissões de CO2 de 109 g/km no Mégane Berlina, Coupé e Sport Tourer. Tem a reactividade de uma caixa de velocidades mecânica, tendo o condutor sempre a possibilidade de assumir o comando sequencial da caixa, que possui seis velocidades e necessita apenas de 290 milissegundos para efectuar cada mudança de relação, com um binário baixo, oferecendo um maior prazer de condução e com uma vertente mais desportiva.

Mítico Renault 4L comemora 50 anos



Foi o terceiro modelo mais vendido na história do automóvel e o carro francês mais vendido em todo o mundo, com mais de 8 milhões de unidades transaccionadas em mais de 100 países. O Renault 4L comemorou o seu 50.º aniversário, num evento que contou com a presença do JR, em Paris.
Nascido de um conceito lançado em 1956 por Pierre Dreyfus, presidente da Régie Nationale des Usines Renault, denominado carro “blue jeans”. A famosa peça de vestuário era usada e apreciada em todo o mundo na época, algo que inspirou Dreyfus e que o fez decidir criar um carro que fosse apreciado por toda a gente e utilizado em todo o lado, pretendendo desenvolver um automóvel barato, versátil e capaz de satisfazer as necessidades de uma sociedade que começava a mudar à medida que os anos 60 se aproximavam.
Um interior sem rival na concorrência, baixos custos de utilização e uma fácil adaptação a qualquer tipo de utilização foram algumas das razões que motivaram essa conquista imediata. Nesta linha, em apenas seis anos de comercialização, o Renault 4 ultrapassou o marco de um milhão de unidades produzidas, atingindo as 8 135 424 unidades em 31 anos de comercialização. Em 1992, a Renault decidiu cessar a produção do modelo, lançando uma edição especial denominada “Bye-Bye”, para celebrar o seu incrível sucesso. No entanto, o Renault 4 continuou a ser fabricado na Eslovénia e em Marrocos até 1994, mas num número reduzido.
Em Mortefontaine, a Renault montou uma exposição sobre o histórico 4L, apresentando alguns modelos das diferentes décadas. Ao mesmo tempo, disponibilizou alguns veículos para os jornalistas experimentarem a sensação de outros tempos, como aconteceu com o JR, que reviveu o Rallye Monte-Carlo de 1963.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Imponência ao mais alto nível










Mercedes CLS: Coupé de quatro portas que é referência na classe



As regras da escrita jornalística aconselham a um uso moderado de adjectivos, mas para falar do novo CLS da Mercedes-Benz é quase impossível não violar tal princípio, dadas as qualidades imensas deste luxuoso coupé de quatro portas e outros tantos lugares. Esqueçamos, por agora, os manuais e debruçemo-nos na segunda geração de um modelo histórico que, no ano de 2004, inaugurou com grande sucesso um novo segmento.


Apresentado oficialmente no Salão Automóvel de Paris de 2010, o renovado CLS chegou ao nosso mercado em finais de Janeiro com atributos suficientes para continuar a ser referência na sua classe. Em relação ao antecessor, cresceu 35 mm e o seu porte de imponência saiu ainda mais reforçado, também por acção das alterações estéticas introduzidas, nomeadamente ao nível da grelha frontal e dos conjuntos ópticos (dianteiros e traseiros) recheados de LED's, mas também na zona lateral, que deixou de ser lisa para receber um conjunto de vincos, acompanhando as novas tendências da marca.
Volto a falar de imponência, porque este é um dos adjectivos que melhor classifica o CLS, ensaiado pelo JR na sua versão 350 CDI BlueEFFICIENCY, dotada de um motor V6 Diesel de 3 litros, 265 cv e caixa automática de sete velocidades 7G-Tronic. Com um binário de 620 Nm entre as 1600 e as 2400 rpm, capaz de chegar dos zero aos 100 km/h em apenas 6,2 segundos e com uma velocidade máxima (electronicamente limitada) de 250 km/h este não pode deixar de ser um carro de múltiplas sensações.
Por onde passámos, o CLS rodou olhares, despertou atenções, cobiça e até alguns comentários do tipo, “ainda há quem viva bem...”. Pois há e ainda bem! De facto, nos dias que vão correndo é quase politicamente incorrecto falar de um carro cujo valor ronda os 90 mil euros. Mas, não seria bom que houvessem muitos mais CLS nas nossas estradas???


Deixemo-nos então de ideologias e voltemos ao que interessa. Onde é íamos? Ah! Na imponência, também manifesta na suavidade de condução e no conforto proporcionados, seja a que velocidade for. Primeiro, porque o interior do CLS é, de facto, soberbo. Depois, porque o comportamento dinâmico é irrepreensível, muito por acção da evoluída suspensão (do tipo Multilink) – com amortecimento pneumático que quase nos leva a rodar sobre nuvens no modo Confort e que garante o apuro necessário ao accionarmos a opção Sport – mas também de uma direcção precisa e de um sistema de travagem mais do que eficaz.


Assim se explica o prazer de guiar este CLS 350 CDI, sentimento extensível à família (não pode é ter mais de quatro elementos já contando com o condutor) que tem garantias de uma viagem plena de conforto, bem-estar e tranquilidade, até porque na extensa lista de equipamentos de série e nos opcionais há toda uma panóplia de sistemas de ajuda à condução que elevam ao máximo os níveis de segurança.



Paulo Parracho



Para mais informações:



http://www.jornaldaregiao.pt/blog_auto/Lançamento_Novo_CLS_em_Portugal.pdf