quarta-feira, 31 de março de 2010

Portento de evolução tecnológica e ambiental


É possível a um SUV de 300 cavalos gastar menos do que um utilitário? A resposta é Lexus


Quem o vê na estrada é levado a pensar: "Ali está mais um amigo das gasolineiras!". Puro engano. O novo Lexus RX 450h é tudo menos gastador ou poluente, rótulos quase sempre atribuídos a um SUV destas dimensões. Porém, apesar de dotado de um motor V6 de 3,5 litros, a gasolina, este Lexus consegue um consumo combinado de 6,3 l/100 km (no nosso teste registámos uns aceitáveis 7,9 l/100 km), que se traduz em emissões de CO2 de apenas 148 g/km.O segredo para tão bom desempenho ambiental está no aproveitamento altamente eficaz da tecnologia híbrida, factor de distinção da marca entre os modelos de luxo.
Ou seja, o RX 450h junta dois propulsores eléctricos ao motor de combustão, sendo que um deles, colocado na traseira, tem a missão de garantir tracção integral. Tal combinação, potenciada por uma caixa de variação contínua (E-CVT) de seis velocidades, origina uma potência global na ordem dos 300 cavalos. Todavia, dada a prestação voluntariosa dos motores eléctricos, na ajuda ao V6 durante as acelerações mais fortes, ou agindo por conta própria durante cerca de dois quilómetros e até uma velocidade de 40 ou 50 km/h, os consumos descem drasticamente.
De tal forma que, no teste efectuado pelo JR, foi possível realizar pequenos percursos sem gastar uma gota de gasolina.
É claro que é preciso paciência e uma dose de tolerância para as buzinadelas de quem vem atrás, mas já imaginou fazer toda a 2.ª Circular apenas com recurso à motorização eléctrica? Nós fizemos. A autonomia das baterias garante apenas 2 quilómetros, mas como a carga é reposta em descidas e nas travagens o objectivo é bem possível de atingir.
Para quem gosta de andar realmente mais depressa, o RX 450h também permite compromissos ambientalmente mais correctos, mercê de um sistema EV (accionado por um comando no volante) que gere a resposta dos motores e o ar condicionado a favor dos consumos.
Delinhas portentosas, o Lexus RX 450h oferece espaço interior em abundância e uma bagageira de 496 litros, extensíveis a 1570 com o rebatimento dos confortáveis bancos traseiros.
Perante um interior de grande qualidade e acabamentos de luxo, destaca-se uma espécie ‘joystick’ que funciona como um rato de computador e serve para gerir os vários sistemas tecnológicos e de informação a bordo.
Com um comportamento exemplar em estrada, as barras estabilizadoras activas, apresentadas como opção (2300 euros), reduzem a oscilação em curva e aumentam os níveis de conforto e segurança.
Por fim, falta falar do preço. Tendo em conta que o sistema híbrido permite uma poupança de 50% no ISV, este Lexus está disponível por cerca de 70 mil euros (75 200 na versão testada), o que o torna numa opção mais barata, face aos modelos tradicionais equipados (apenas) com motores Diesel.

terça-feira, 23 de março de 2010

Pequenino, mas jeitosinho


Chevrolet Spark, um citadino disponível por menos de dez mil euros

Com cinco portas e cinco lugares, o Chevrolet Spark está disponível no mercado nacional com um motor 1.0 a gasolina com 68 cv de potência, associado aos níveis de equipamento base e LS, e 1.2 com 81 cv de potência, igualmente a gasolina, com o nível de equipamento de topo, LT.
O equipamento do novo ‘mini’ da Chevrolet inclui, desde a versão de entrada, designada simplesmente ‘Spark’, direcção assistida, rádio-leitor de CD com leitor de MP3 e entradas para auxiliar e USB, vidros dianteiros eléctricos, banco do condutor ajustável em altura, entre outros.
A versão de equipamento intermédia, designada ‘LS’, acrescenta ar condicionado, volante ajustável em altura, faróis de nevoeiro e alarme.
A versão LT, extremamente completa e topo da gama Spark, adiciona ainda o ar condicionado de comando electrónico, jantes de liga leve de 15 polegadas, quatro vidros eléctricos, computador de bordo, comandos do rádio no volante, sensores de estacionamento, barras de tejadilho longitudinais, pára-choques desportivos e aplicações coloridas no habitáculo em conjugação com o exterior.
O controlo electrónico de estabilidade com controlo de tracção está disponível como opcional em todas as versões.
Em linha com a filosofia da marca, os preços situam-se num plano extremamente competitivo: 9850 euros para a versão 1.0; 10 550 euros para a versão 1.0 LS; e 11 990 euros para a versão 1.2 LT.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Relação segura e duradoura

Tranquilidade, conforto e confiança são palavras de ordem no Honda Accord
Na vida nada é eterno, mas na hora de optar por um carro há quem prefira estabelecer uma relação tão duradoura quanto possível. E há marcas, como a Honda, que se prestam a esse compromisso, por vezes mais fiel do que o próprio casamento. O Accord 2.2 i-DTEC é daqueles carros capazes de nos transmitir sentimentos de confiança, segurança e estabilidade capazes de durar quase toda a vida.
Explicamos porquê: Desde logo pelo manancial de instrumentos e sistemas de ajuda à condução que elevam todos os índices de segurança numa viagem tranquila e em família.
Aqui, destaca-se um sistema de assistência à manutenção na faixa de rodagem, que recorre a uma câmara para detectar se o veículo se desvia do traçado convencional, alertando o condutor e aplicando o binário necessário para corrigir a trajectória. Depois, não podemos esquecer o ‘cruise control’ adaptativo, que utiliza um radar de ondas milimétricas para manter automaticamente uma distância de segurança para o veículo que vai à frente. Como se ainda não chegasse, há ainda o sistema de travagem atenuante de colisões, que monitoriza a distância do Accord em relação a outros veículos, lançando de imediato um sinal de alerta e preparando o veículo para a possibilidade de colisão.
A juntar a estes dispositivos, o Accord Sedan 2.2 i-DTEC, com caixa automática de cinco velocidades, testado pelo JR, dispõe ainda de câmara traseira de auxílio ao parqueamento, para além sistema EPS (semelhante ao ESP) adaptável ao movimento, precioso auxiliar em caso de piso escorregadio.
A transmissão automática (à qual falta apenas uma sexta velocidade), que também possibilita mudanças sequenciais através de patilhas no volante, é outro dado adicional à qualidade da relação estabelecida comoAccord, potenciada ainda pela fiabilidade e pelo excelente comportamento do motor diesel de 2.2 litros e 150 cv e pelo elevado nível de conforto num habitáculo onde se destacam a qualidade de materiais e os acabamentos.
Com estas e outras virtudes, percebe-se então porque razão é possível uma relação confiante e duradoura com o Accord. O casamento fica-se pelos 38 370 euros, na versão base do Sedan, cerca de 48 500 na versão testada pelo JR, que inclui para além da caixa automática, bancos em pele, tecto de abrir, GPS, entre outros equipamentos extra.


Paulo Parracho

Impróprio para cardíacos


Revivemos a ‘noite de Sintra’ do Rali de Portugal a bordo de um Abarth Grande Punto

5, 4, 3, 2, 1... Prego a fundo e lá vai disto! Por momentos, senti-me na pele do campeoníssimo Markku Alen, sem dúvida o mais aclamado dos pilotos que fizeram história no Rali de Portugal. Foi ele também que projectou a marca de competição do Grupo Fiat, através de prestações memoráveis a bordo do mítico 131 Abarth. Nos troços da serra de Sintra, já fora de horas, para evitar encontros inesperados, a bordo de um Abarth Grande Punto equipado com ‘Kit Essesse’, experimentámos a adrenalina de rolar nos limites, só permitidos a uma máquina com características de potência, segurança e muita estabilidade como esta. Accionada a tecla ‘Sport Boost’, os 180 cavalos do Abarth como que se revoltam, ao mesmo tempo que o controlo, a aderência e a rapidez de resposta da direcção adaptam-se sem receio ao serpentear de curvas e contra-curvas da mítica rampa da Lagoa Azul.
O piso molhado quase nos levou a desistir, mas no imaginário estavam milhares de espectadores a puxar por nós e a pedir mais. Mantivemo-nos por ali, estrada cima, estrada abaixo. A relação de confiança com o ESP, as suspensões especiais rebaixadas e comos Pirelli PZero (montados em jantes de 18’’) do Abarth acentuou-se e em cada volta os tempos desciam. O Abarth Grande Punto mostrava porque razão é considerado o pequeno desportivo (falamos neste caso daqueles cujo preço se situa na casa dos 22 mil euros,mais cinco mil para o ‘Kit Essesse’) mais rápido do mercado. Não acredita? Então registe: Com um motor 1.4, potência de 180 cv e binário máximo de 272 Nm, este Abarth faz dos zero aos 100 km/hemapenas 7,0 segundos e dos zero aos mil metros em apenas 27,8 segundos.
Quanto ao ‘kit’, permite dotar o Grande Punto com discos de travões perfurados, pastilhas de altas performances, filtro de ar especial preparado pela BMC, turbocompressor Garrett, novos injectores e dois terminais de escape cromados.
Oefeito émais do que estético, mas não deixa de saltar à vista. Por isso, quando paramos o Abarth, não faltam olhares curiosos.
Já agora, fique com um conselho útil: o Abarth é mesmo para quem tem unhas... Se pretende apenas mostrar que tem um ‘carro de corridas’, então há opções mais adequadas no mercado, entre as quais o próprio Fiat Grande Punto, a equipar com um ‘kit’ desportivo, mas com metade da potência.
Paulo Parracho