quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Recital de classe




Motorização 2.0 JTDm, de 140 cv, reposiciona Alfa Romeo Giulietta entre os melhores
Cheio de classe e com um estilo muito próprio, bem característico da marca, o Alfa Romeo Giulietta dispõe agora de um leque de motorizações capaz de corresponder a todos os gostos e necessidades. Aproveitando um intervalo demasiado aberto entre a versão de entrada, com o pequeno motor Diesel 1.6 de 105 cv, e o topo de gama, com o bloco 2.0 de 170 cv, surge agora a variante de dois litros, também Diesel, mas com 140 cv de potência.
Trata-se de uma opção a ter em conta, sobretudo agora em que ainda é possível evitar os novos valores dos impostos sobre automóveis e em que a marca italiana apresenta campanhas especiais. Isto porque, face ao modelo mais potente, esta variante representa uma poupança de 4100 euros, ficando-se pelos 30 820 euros.
Esta motorização garante toda a energia para um carro deste tipo, em que a vocação desportiva não fica esquecida, muito por acção da tecla de função DNA, que altera o binário face às necessidades ou ao estilo de condução. Ou seja, basta accionar a função Dynamic para elevar o binário de 320 para 350 Nm (valor máximo às 1750 rpm), notando-se que este Giulietta ganha nova alma e irreverência num recital em que nunca perde a classe.
Se ainda tem dúvidas, pode ficar com a garantia de uma velocidade máxima de 205 km/h e aceleração dos zero aos 100 km/h em apenas 9,0 segundos (mais 1,4 segundos que no motor de 170 cv, mas menos 3,5 segundos em relação ao 1.6 de 105 cv).
Lá dentro, o nível de equipamento e a qualidade dos materiais (a versão que testámos incluía bancos em pele) estão ao nível do melhor que a concorrência oferece no superdisputado segmento C.
O espaço interior e o conforto para passageiros merecem nota bastante positiva, embora o prazer maior esteja reservado para quem conduz, mercê do bom comportamento manifestado, seja em estrada aberta ou em percursos mais sinuosos.
Para além de mais barata que a versão de 170 cv, esta opção permite ainda poupanças significativas em termos de consumos, com médias na casa dos 6,0 l/100 km. A marca anuncia 4,5 l em percurso combinado e emissões de 119 g/km.
Em suma, uma hipótese a ter em conta para quem não se satisfaz com os 105 cv do 1.6 JTDm, mas também não está vocacionado para as emoções maiores proporcionadas pela versão mais potente.
Paulo Parracho

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Honda Civic renovado e melhorado







Nova geração do popular modelo revelada à imprensa europeia em Málaga

A Honda reuniu jornalistas de toda a Europa em Málaga para apresentar a nona geração do Civic, modelo com chegada a Portugal prevista apenas para o primeiro trimestre de 2012.
Embora mantendo as linhas atrevidas e algo futuristas que já evidenciava, o novo Civic parece agora munido de um estilo mais consensual e capaz de ganhar posições no disputado segmento C. Cresceu 4,5 cm e tem mais 1 cm de largura, mas tem uma redução de 3 cm na distância entre-eixos. Uma conjugação de medidas que, face a um interior reconfigurado, reforçam a habitabilidade e o espaço da bagageira, agora com 477 litros. Ou seja, temos um Civic mais espaçoso, capaz de ombrear com modelos de maior vocação familiar, mantendo a imagem desportiva que o caracteriza.
Das mexidas operadas pelo fabricante japonês destacam-se evoluções a nível do sistema de suspensões, com ganhos no conforto e na estabilidade, mesmo em pisos mais degradados. Ao nível do equipamento também há uma evolução considerável. Destaque para o i-MID, sistema multimédia que num ecrã de 5 polegadas disponibiliza várias informações e que até permite personalização com fotos de família. Há uma câmara de estacionamento com guias, num pacote tecnológico que contempla ainda ‘cruise control’ adaptativo, alerta de obstáculos e de probabilidade de embate com função de travagem automática, além de evoluídos sistemas de som e de navegação.
Nota-se, igualmente, uma enorme preocupação na correcção dos pontos mais criticados na geração anterior, nomeadamente no que toca à visibilidade através do óculo traseiro.
Em Málaga, tivemos oportunidade de testar todas as motorizações que a marca disponibiliza para o nosso mercado, com a escolha óbvia a recair sobre o 2.2 i-DTEC, um bloco Diesel, com 150 cv, mas com preços estimados (e agravados pela elevada carga fiscal) na ordem dos 30 mil euros. Porém, enquanto a Honda não disponibilizar o novo bloco Diesel de 1,6 litros e 120 cv, com lançamento previsto para 2012, as opções a gasolina continuam a ser mais apelativas em termos de preço. O 1.4 i-VTEC, de 100 cv, terá um preço estimado de 21 500 euros, enquanto a versão equipada com motor 1.8 de 143 cv custará mais 3500 euros. Uma diferença que se justifica, face à diferença de comportamento dos dois blocos, com o 1.4, tal como na geração anterior, a revelar-se menos competente para mover um carro de dimensões e peso consideráveis.
Paulo Parracho

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Espírito indomável




Gosta de emoções ao volante? Então o Renault Clio 2.0 16V RS Gordini é o carro ideal para si

Sábado à noite. Estrada seca, piso excelente e sem trânsito. O que mais podíamos pedir para testar um carro com um motor 2.0 atmosférico de 204 cv, conhecido como o desportivo mais eficaz do segmento? Só um depósito cheio de combustível. Mas isso também tínhamos... Partimos então rumo à Serra de Sintra dispostos a testar ao máximo as virtudes desportivas do novo Clio RS Gordini, modelo com a chancela da Renault Sport Technologies, que assume o verdadeiro espírito dos modelos azuis com duas listas brancas que noutros tempos disputaram as míticas noites de Sintra do Rali de Portugal.
As sensações foram as melhores, pois este Gordini dispõe de atributos de verdadeiro carro de competição, a começar pelo chassis CUP, com um eixo dianteiro de ‘pivot’ independente, que lhe garantem uma excelente motricidade em todas as situações. O potente e resistente à fadiga sistema de travagem, com estribos Brembo e discos de grandes dimensões, as rodas de 17’’ com pneus 215/45 e um eficaz sistema de suspensões garantem que este Clio não se desvia um milímetro da rota traçada. "Agarra-se mesmo bem. Parece que curva sozinho", dizia o companheiro que escolhemos para navegador, também impressionado com a capacidade de resposta do motor 2.0. Aqui, só a falta do turbo se faz sentir, sendo necessária alguma adaptação para tirar o maior partido dos 203 cv e do binário de 215 Nm/1700 rpm.
A caixa manual de seis velocidades tem uma relação ideal para fazer grandes ganchos como os que encontrámos na Serra de Sintra, mas penaliza os consumos em estrada livre.
Lá dentro, o espírito Gordini está bem presente neste Clio, num ambiente marcado pelos tons preto e azul. Os bancos autenticamente desportivos são em couro, que também forra o volante, neste caso, decorado de azul e branco na metade superior.
Diga-se ainda que todos os Clio Gordini RS recebem uma placa numerada.
Em termos de equipamento, tem tudo o que é indispensável para manter toda a atenção na estrada, com destaque para os faróis adicionais de viragem, para o sistema de navegação Carminat Tom Tom e para os retrovisores eléctricos rebatíveis.
O Clio Gordini RS tem um preço-base de 29 950 euros, mas para quem prefere gastar um pouco menos e abdicar de metade desta potência, a marca lançou esta semana a versão GT Gordini, assente num bloco 1.5 dCi, de 105 cv. Consegue manter as aparências de carro ‘racing’, por apenas 22 900 euros.
Fica apenas um alerta. Na estrada, não vão faltar condutores a desafiá-lo para ‘picanços’. Porém, vá por nós: divirta-se sozinho e de preferência em local seguro...
Paulo Parracho

Para mais informalções:
http://www.jornaldaregiao.pt/blog_auto/CI_Twingo_Gordini_RS_e_Clio_Gordini_RS.pdf