quinta-feira, 5 de julho de 2012

No dosear é que está o ganho


Peugeot 3008 HYbrid4: O primeiro híbrido Diesel
Eleito “Carro Ecológico do Ano 2012”, o Peugeot 3008 HYbrid4 assume-se como o primeiro híbrido Diesel do mundo, partilhando essa tecnologia com o Citroën DS5 (que já aqui testámos). Alia o já conhecido motor 2.0 HDI FAP de 163 cv a uma unidade eléctrica de 37 cv, colocada no eixo traseiro, o que lhe permite anunciar uma tracção integral, disponível para quando é preciso, e uma potência total de 200 cv.
A tecnologia híbrida, até aqui só experimentada em modelos a gasolina, torna o 3008 num dos Diesel mais poupados do mercado. Em percursos urbanos, depois de aprendermos a dosear a pressão no acelerador, conseguimos médias inimagináveis, na casa dos 4,9 l/100 km, muito abaixo do que já fizemos com pequenos citadinos. Aqui, convém lembrar que estamos perante um monovolume com 1660 kg (não esquecendo os 200 cv de potência). Porém, desde que bem gerida, a tracção eléctrica consegue operar de forma autónoma durante 3 a 4 km, reduzindo consumos e emissões a zero. Jogando com as descidas, levantando sempre o pé de forma a aproveitar a energia cinética para recarregar a bateria, é possível prolongar por muito mais tempo o modo de condução ZEV, disponível num selector que inclui mais três opções de condução: Auto, Sport e 4WD.
Mantendo o comutador no modo Auto, o sistema encontra formas de gestão eficiente para os fluxos de energia, ajustando a melhor relação entre prestações e poupança. Mas, se quisermos tirar total partido da potência disponível, a opção Sport torna o acelerador mais vivo e clama pela utilização manual da caixa robotizada de seis velocidades (através de patilhas no volante). Aqui, o motor eléctrico funciona como auxiliar do propulsor Diesel, dando-lhe o binário necessário a arranques e mudanças de regime mais bruscas.
Sem ser o todo-o-terreno, o 3008 HYbrid4 permite aventuras fora de estrada, em pisos de lama, neve ou gelo, graças ao trabalho simultâneo dos dois motores. Aqui, a gestão da bateria que alimenta a unidade eléctrica no eixo traseiro é feita com recurso a um potente alternador (8 Kw), embora com reflexo nos consumos.
Diga-se que no capítulo da economia, em estrada ou auto-estrada, em que o motor eléctrico pouco intervém, as médias assemelham-se às do modelo com motorização convencional, sendo mesmo assim de nível muito aceitável (na casa dos 6,1 l/100 km).
No restante, o HYbrid4 mantém todas a características de espaço, versatilidade e conforto das versões convencionais, distinguindo-se esteticamente apenas pelas siglas identificadoras, pelo pequeno aileron no topo do vidro traseiro e pelos faróis diurnos em LED.
A versão-base já inclui um excelente nível de equipamento, mas o conjunto beneficia com a introdução de confortáveis bancos em pele com comandos eléctricos e sistema de aquecimento e com o ‘pack’ multimédia com navegação, som e DVD em monitores incrustados nos apoios de cabeça de forma a servir de entretém para os passageiros dos bancos traseiros.
O preço-base é de 38 090 euros, mesmo assim, mais barato que a versão equivalente 2.0 HDI de 163 cv.
Paulo Parracho
 
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